Esta terça-feira (21) amanheceu com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sendo alvo de novo ataque no Twitter. Nesta manhã, a hashtag #MaiaInimigoDoBrasil está em primeiro lugar nos assuntos mais comentados da rede com mais de 100 mil tuítes. Internautas acusam Maia de ser contrário ao governo federal e de querer "destruir o País". Com "cautela", o filho do presidente da República e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, se pronunciou na rede sem usar a hashtag.
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No último sábado (18), depois do chefe de Estado ter avaliado a atuação de Maia na Câmara Federal como "péssima" e insinuar que ele é contra o seu governo, a hashtag #ForaMaia esteve entre os assuntos mais comentados da rede.
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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), sem usar a hashtag #MaiaInimigodoBrasil, afirmou "é muita canalhice coordenada por Botafogo e seus asseclas nesta dita CPMI", Botafogo é o codinome dado a Rodrigo Maia por conta de um dos escândalos da operação Lava Jato. O vereador também reiterou a tentativa de Maia de querer derrubar o presidente Bolsonaro.
A CPMI citada pelo vereador que não faz nada, "a não ser dar palanque político a vagabundos que querem inventar qualquer motivo boçal para justificar por mais uma via, derrubar o presidente Bolsonaro" é a das Fake News, a qual ele é um dos alvos de investigação do colegiado.
Também na segunda-feira (20), o deputado federal Eduardo Bolsonaro e irmão do vereador, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a prorrogação da CPMI e também pediu que duas reuniões fossem invalidadas.
Nos comentários da própria publicação, ele foi acusado de estar com medo da repercussão da publicação por não usar a tag. "Se tivesse com medo não falava", disse o filho 02.
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Como uma sátira a homenagem feita ao funcionário que tem destaque de produtividade nas empresas, de "funcionário do mês", Maia foi colocado como "inimigo do mês".
Segundo o site do Senado, a CPMI que tem como relator o ministro Gilmar Mendes, foi instalada em 4 de setembro do ano passado e tinha como objetivo apurar em 180 dias os ataques "cibernéticos que atentassem contra a democracia e o debate público".
As atividades estão interrompidas desde 17 de março, quando a última reunião prevista foi cancelada por causa do coronavírus. E no dia 2 de abril, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o colegiado teve que ser prorrogado por mais 180 dias. O novo prazo começou a ser contado um dia depois da data prevista para o encerramento das atividades do colegiado, em 14 de abril.
Uma, das duas reuniões que tiveram pedido de invalidez pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro na segunda-feira (20), junto com a ação no STF contra a prorrogação da CPMI, foi que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) participou.
A líder do PSL prestou depoimento e, de acordo com a ação de Eduardo, a deputada teve o "intuito de enfraquecer a legitimidade política do aqui Impetrante e de demais membros de sua base política, acusando-os de terem relação íntima em um complexo esquema de disparos de fake news".
Segundo a defesa do parlamentar, a outra reunião com pedido de invalidez foi que os deputados "demonstraram a tendência imparcial das inquirições".
Ainda na segunda-feira, Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann trocaram farpas no Twitter. Após o filho de Bolsonaro ter acusado Joice de ter participado de um possível desvio de R$ 5.754.000 do governo para o seu marido, o médico Daniel França, a líder do PSL chamou Eduardo de 'criminoso' e 'vagabundo', 'integrante de uma quadrilha'.