Atualizada às 22h38
Por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), o Governo Federal pediu, nesta quarta-feira (06), ao decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, que reconsidere da ordem de entrega do vídeo de uma reunião que foi citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, no depoimento prestado, no último sábado (02), na sede da Polícia Federal, em Curitiba.
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Assinado pelo advogado-geral José Levi, o pedido afirma que na reunião, acontecida no dia 22 de abril, assuntos potencialmente "sensíveis e reservados de Estado" foram tratados, "inclusive de Relações Exteriores, entre outros".
O ministro Celso de Mello é o relator do inquérito que investiga possíveis crimes relatados por Moro, durante a coletiva na qual ele anunciou a sua saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no dia 24 de abril. O decano havia ordenado, na última terça (06), que, em até 72 horas, o vídeo fosse entregue.
"A UNIÃO, pessoa jurídica de direito público interno, neste ato representada por seu Advogado-Geral (Art. 4º, inciso III, da Lei Complementar nº 73/93), vem, respeitosamente, nos autos do inquérito em epígrafe, diante do teor da decisão proferida por Vossa Excelência, rogar seja avaliada a possibilidade de reconsiderar a entrega de cópia de eventuais registros audiovisuais de reunião presidencial ocorrida no dia 22 de abril de 2020, pois nela foram tratados assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de Relações Exteriores, entre outros. Roga e aguarda deferimento. Brasília, 06 de maio de 2020."
— Sergio Moro (@SF_Moro) May 7, 2020