Do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) andando a cavalo pela Esplanada, aos protestos contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo grupo "Os 300 do Brasil" e o ato pró-democracia de torcidas organizadas, o último fim de semana foi repleto de protestos ao redor do País.
As manifestações começaram, neste fim de semana, com o ato de um grupo de cerca de 30 pessoas que se reuniu em frente ao STF, entre a noite do último sábado (30) e o início da madrugada do domingo (31), para protestar contra o ministro da Corte Alexandre de Moraes.
Com roupas pretas e tochas, o grupo intitulado "Os 300 do Brasil," liderado pela ativista Sara Winter, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e investigada no inquérito contra fake news que tramita no STF, protestou em frente ao Supremo Tribunal Federal.
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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PT) criticou os protestos contra o ministro Alexandre de Moraes e chamou de "facção" o grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) chamou de "show de horror" o ato contra o ministro do STF.
No domingo, um grupo de manifestantes pró-democracia, vestidos de pretos e usando máscaras, realizou um ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Com gritos, os manifestantes dizem "Doutor, eu não me engano. Bolsonaro é miliciano".
Eles ocupam a faixa sentido Consolação da via, na frente do Masp, e o vão livre do museu. Antes, fizeram uma caminhada, entoando gritos em defesa da democracia. A manifestação chegou à região da Avenida Paulista por volta das 12h. A Policia Militar acompanha o movimento.
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A organização envolve grupos antifascistas ligados a torcidas organizadas de futebol, de Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos, em conjunto com movimentos sociais.
A deputada federal Tabata Amaral apoiou os protestos em São Paulo e defendeu a união em defesa da democracia.
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) criticou manifestações consideradas "pró-democracia" e fez comparativo com manifestações pró-governo.
Ainda no domingo, o presidente Jair Bolsonaro desembarcou na Esplanada dos Ministérios e, sem usar máscara, cumprimentou apoiadores que estavam em frente ao Palácio do Planalto participando de manifestação.
Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada a bordo de um helicóptero e sobrevoou a Esplanada por cerca de 15 minutos. Depois, o helicóptero pousou próximo ao Palácio do Planalto, e o presidente seguiu a pé até onde estavam os manifestantes.
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Após cumprimentar os apoiadores que se aglomeravam ao longo da grade, ele montou em um cavalo da cavalaria da Polícia Militar e percorreu novamente o local antes de retornar à residência oficial.
Na manifestação, prevaleceram as críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns manifestantes empunharam uma faixa pedindo "intervenção militar". Houve ainda uma bandeira que pedia "intervenção no STF".
O deputado federal Carlos Veras (PT) criticou a participação do presidente em manifestação que provocava aglomerações.
A deputada estadual Clarissa Tercio publicou imagem do presidente e fez menção a um versículo da bíblia.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede Sustentabilidade) também criticou o presidente por participar de manifestações que pediam intervenção no STF.