Os cenários projetados pela terceira rodada da pesquisa Ibope/JC/Rede Globo apontam vitória do candidato João Campos (PSB) sobre os demais adversários, com vantagem fora da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. No último levantamento, divulgado dia 15 de outubro, a candidata Delegada Patrícia (Podemos) empatou tecnicamente com João num eventual cenário de segundo turno. Agora, o socialista cresceu um ponto percentual - foi de 44% para 45% - contra a delegada, que oscilou negativamente um ponto percentual, saindo de 39% para 38% contra o candidato socialista.
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Contra Marília Arraes (PT), em um eventual segundo turno, João Campos teve uma queda de três pontos percentuais, mas segue vencendo. O socialista tinha 44% e, agora, tem 41%. Já Marília aumentou um ponto percentual, passando de de 33% para 34%. A maior vantagem de João num possível segundo turno se dá contra o candidato do Democratas, Mendonça Filho. Neste cenário, João tem 46% e Mendonça 32%. Os dois caíram neste recorte, pois na segunda rodada da pesquisa o socialista pontuou 48% e o democrata 33%.
“O segundo turno dos sonhos do governo seria com Marília. O governo queria ganhar no primeiro turno, não há dúvida quanto a isso, mas se for para ter um segundo turno, que seja um segundo turno quem representa uma mudança para que permaneça tudo mais ou menos como sempre foi. O maior receio do PSB é exatamente ir para o segundo turno contra a Delegada Patrícia”, diz o cientista político Arthur Leandro.
Na segunda rodada da pesquisa, os números do Ibope apontavam um empate técnico entre o candidato socialista e a Delegada Patrícia. Condição que não foi reafirmada nesta rodada.
Voto útil
“O que acontece, eu acredito, é sim um indicativo de crescimento da campanha de João, não só na intenção de votos no primeiro turno, mas dentro de uma polarização que pode se desenhar no segundo turno, já que não se concretizou no primeiro, em cima da questão ideológica. Pelos menos é isso que devemos ver os atores políticos fazerem num eventual segundo turno entre uma candidatura de esquerda e direita”, detalha Priscila Lapa.
Segundo ela, num segundo turno com o cenário descrito acima, vai pesar o apoio de aliados políticos, mas também haverá um forte incremento do “voto útil”, dando o lugar da escolha por preferência ao sentimento de não querer eleger determinado candidato.
“Os apoios representam importância simbólica, representa que parte do eleitorado do primeiro turno pode acompanhar aquela indicação de votação, mas a tendência é que zere o jogo, e a eleição na ótica do eleitor ganhe outra lógica. Vai operar fortemente aquela coisa de quem eu não quero que ganhe de jeito nenhum”, acrescenta.
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