Na Rádio Jornal, candidatos à Prefeitura do Paulista fazem debate propositivo com foco nos problemas da cidade

No encontro, mediado pelo comunicador Geraldo Freire, os prefeituráveis Yves Ribeiro (MDB) e Francisco Padilha (PSB) apresentaram suas ideias para os próximos quatros anos na cidade
JC
Publicado em 25/11/2020 às 11:50
DEBATE Yves Ribeiro e Francisco Padilha se confrontaram na Rádio Jornal Foto: EDUARDA OLIVEIRA/SJCC


Arte: JC - Eleições de 2020

Na reta final da campanha eleitoral, os candidatos à Prefeitura do Paulista, no Grande Recife, fizeram um debate propositivo nesta quarta-feira (25) na Rádio Jornal. No encontro, mediado pelo comunicador Geraldo Freire, os prefeituráveis Yves Ribeiro (MDB) e Francisco Padilha (PSB) apresentaram suas ideias para os próximos quatros anos na cidade, se dirigindo aos eleitores indecisos para tentar levar a disputa neste segundo turno.

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Os candidatos tiveram uma hora, dividida em quatro blocos, para discutir as propostas e problemas do município, que tem uma eleição em dois turnos pela primeira vez na sua história. No primeiro bloco, os Yves e Padilha se apresentaram ao eleitor. No segundo e no terceiro, responderam a perguntas feitas entre si, cujos temas eram livres num primeiro momento e sorteados num outro. Já no quarto, os postulantes fizeram suas considerações finais.

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Assista ao debate:

Logo no começo do debate, o candidato do MDB lembrou sua trajetória política, focando nas suas passagens pelas prefeituras de Igarassu, Itapissuma e a própria Paulista. Ele defendeu ainda a construção, na cidade, uma maternidade e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próximo às praias paulistenses. Yves disse ainda que vai reativar o centro para crianças especiais, que, segundo ele, foi fechado após mais de 40 anos, pela gestão do atual prefeito, Júnior Matuto (PSB). “Além disso, vamos construir o centro dos animais, que as pessoas tanto pedem, e voltar a construir moradia. Serão três mil novas casa na minha gestão”, prometeu o candidato.

Já Francisco Padilha se apresentou como “filho de Paulista” para tentar atrair parte do eleitorado mais crítica ao seu adversário, dadas suas gestões em outros municípios. O socialista contou também sobre sua experiência no serviço público. “Tenho 15 anos de serviços prestados à administração pública. Trabalhei no governo de Yves e no de Júnior Matuto”, pontuou Padilha. O candidato do PSB afirmou ainda que durante a campanha ouviu eleitores para construir seu plano de governo e que está “pronto para ser o melhor prefeito da cidade”.

Sorteado para dar início ao segundo bloco do debate, Padilha questinou a Yves sobre as propostas do emedebista para a educação, acusando-o de ter deixado a cidade com o quarto pior índice de educação do país. O candidato do MDB respondeu que a afirmação do socialista seria inverídica e relembrou suas ações para a área enquanto gestor. “Fui o primeiro prefeito do Brasil a pagar o piso salarial dos professores e dar um computador para cada um”, disse ele, prometendo comprar 19 mil tablets para alunos das escolas municipais.

Na réplica, o candidato socialista afirmou que, se eleito, iria criar a Casa do Professor, além construir sete escolas em tempo integral na cidade. “A gente sabe que precisa avançar. Por isso, propomos mais avanços na educação”, declarou Padilha, lembrando que Paulista tem atualmente o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) semelhante ao do Recife.

Na sua oportunidade de perguntar, Yves Ribeiro questionou o adversário sobre o sentimento que ele tem ao representar a atual gestão do município, cujo prefeito já foi afastado do cargo por três vezes. “Paulista está passando por um momento difícil, com presença nas páginas policiais”, disse o emedebista. Ao responder a pergunta, Padilha tentou se descolar do prefeito Júnior Matuto. “O problema que ele tem pra resolver, ele que resolva. Padilha é Padilha. Matuto é Matuto”, afirmou.

Os candidatos também discutiram propostas para a área de segurança na cidade, que tem a atuação da Força Nacional dentro do programa do governo federal Em Frente Brasil. Enquanto Yves prometeu recriar o programa Agente da Paz, que contaria com o apoio de moradores das comunidades do município para ajudar na segurança da cidade, Padilha afirmou que o MPPE determinou a não continuidade do Agente da Paz, e, por isso, Paulista deveria focar em firmar mais parcerias com o Governo de Pernambuco e com a União.

Ao se despedir dos eleitores, o candidato socialista pediu uma oportunidade para governar o município. “Não caia nessa história do ‘já ganhou’, dê uma oportunidade ao novo. A população está cansada da política e dos políticos, mas eu não posso pagar por algo que não fiz. Então me dêem uma chance, que eu garanto que serei o melhor prefeito que essa cidade já teve.”

Yves, por sua vez, aproveitou o momento das considerações finais para reforçar promessas, como a inclusão de aulas de robótica nas escolas, e relembrar, mais uma vez sua trajetória. “Não sou candidato do governador ou do prefeito. Sou candidato do povo”, declarou o emedebista. “Vamos tirar Paulista das páginas policiais”, afirmou, convidando eleitores para votarem nele.

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