Partidos de oposição da Câmara dos Deputados vão protocolar, nos próximos dias, um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sob o argumento de que ele cometeu "crimes de responsabilidade em série" na condução da pandemia do coronavírus. Assinado por Rede, PSB, PT, PCdoB e PDT, que reúnem 119 deputados, o pedido cita o colapso da saúde em Manaus e diz já ter passado a hora de o Congresso reagir.
>> Recife e outras cidades do Brasil registram panelaço contra Bolsonaro
>> Nas redes sociais, cresce pressão por impeachment de Bolsonaro
>> Bolsonaro critica STF e diz que gostaria de participar mais 'ativamente' do enfrentamento à covid-19
"O presidente da República deve ser política e criminalmente responsabilizado por deixar sem oxigênio o Amazonas, por sabotar pesquisas e campanhas de vacinação, por desincentivar o uso de máscaras e incentivar o uso de medicamentos ineficazes, por difundir desinformação, além de violar o pacto constitucional entre União, Estados e Municípios", diz nota conjunta dos partidos, que defendem a volta imediata dos trabalhos do Congresso.
- Nas redes sociais, cresce pressão por impeachment de Bolsonaro
- Impeachment de Bolsonaro será debatido de forma inevitável no futuro, diz Maia
- Recife e outras cidades do Brasil registram panelaço contra Bolsonaro
- Bolsonaro critica STF e diz que gostaria de participar mais 'ativamente' do enfrentamento à covid-19
- 'PCdoB, Rede, PSB, PT e PDT decidiram apresentar novo pedido de impeachment de Bolsonaro', diz Luciana Santos
O pedido irá se somar a outros mais de 50 que foram entregues à Câmara desde o início do mandato de Bolsonaro, em janeiro de 2019, por diversos motivos. Cabe ao presidente da Casa analisar e dar início aos processos que podem tirar Bolsonaro do poder.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), comentou que essa decisão não caberia mais a ele e, sim, ao próximo presidente, a ser eleito no início de fevereiro. "Disse que esse assunto vai ser discutido no futuro, porque tem parte da sociedade que cobra. Não sou eu mais que vou tratar desse assunto. Eu foquei o meu trabalho no último ano na pandemia", afirmou Maia. "Achei que era a prioridade, e foi isso que fiz. Acho que o Parlamento tem que voltar a funcionar independente de qualquer decisão sobre esse tema no futuro."