Já imaginou gastar R$ 2,2 milhões de goma de mascar, R$ 14 milhões na compra de molhos shoyu, inglês e de pimenta, além de R$ 32,7 milhões em pizzas e refrigerantes ? O governo federal no ano passado gastou R$ 1,8 bilhão em alimentação, incluindo os itens citados acima, segundo uma representação que o senador Alessandro Vieira (Cidadania - SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT - SP) e Felipe Rigoni (PSB -ES) protocolaram, nesta terça-feira (26) no Tribunal de Contas da União (TCU) contra Presidência da República questionando os gastos do Executivo com alimentação. Segundo os parlamentares, “esse cenário, como se passará a demonstrar, exige uma análise detida e criteriosa por parte” da corte de contas.
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A representação surgiu em resposta à matéria veiculada no dia 24 de janeiro pelo site "Metrópoles”, que revelou um preocupante aumento de gastos com as compras de caráter alimentício efetuadas pelo Governo Federal:no último ano, todos os órgãos do executivo pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos. Isso significou um aumento de 20% em relação a 2019. A inflação oficial do Brasil, a do IPCA teve uma alta de 4,52% no ano passado.
O levantamento realizado contabilizou somente os itens que somaram mais de R$ 1 milhão pagos. Em alguns órgãos, a conta custou mais e o cardápio foi bem mais variado, como foi o caso do Ministério da Defesa que gastou R$ 632 milhões em alimentação, segundo a representação dos parlamentares. A compra de vinhos, por exemplo, que alcançou mais de R$ 2,5 milhões foi quase toda bancada pelo Ministério da Defesa, de acordo com os parlamentares.
Na representação, os parlamentares argumentaram que, “em meio a uma grave crise econômica e sanitária, o aumento de gastos apontado pelas matérias é absolutamente preocupante, tanto pelo acréscimo de despesas como pelo caráter supérfluo de muitos dos gêneros alimentícios mencionados”. Outra coisa que também é bom lembrar é que uma boa parte dos servidores do Executivo passaram um tempo de home office por causa da pandemia.
Os parlamentares pedem para o TCU receber a representação e em seguida adote medidas para verificar a legalidade, legitimidade e economicidade das compras efetuadas a título de alimentação pelo Governo Federal, também implementando as sanções cabíveis contra os responsáveis.