Câmara do Recife segue com comissão de acompanhamento da covid-19

Comissão Especial Interpartidária de Acompanhamento do Coronavírus teve a sua recriação aprovada na na Câmara do Recife durante primeira reunião ordinária do ano de 2021, nesta terça-feira (2)
Luisa Farias
Publicado em 02/02/2021 às 21:34
"Todo vereador tem a função de fiscalizar, mas com a comissão a gente pode ter uma maior efetividade", argumentou Eriberto Rafael, que propôs a reabertura da comissão Foto: DIVULGAÇÃO/CMR


A Comissão Especial Interpartidária de Acompanhamento do Coronavírus teve a sua recriação aprovada na na Câmara do Recife durante primeira reunião ordinária do ano de 2021, realizada nesta terça-feira (2). O colegiado havia sido criado na legislatura anterior, no mês de março de 2020, sob a presidência do vereador Luiz Eustáquio (PSB), para centralizar relacionadas ao coronavírus também para fiscalizar as ações de prevenção e combate á pandemia executadas pela Prefeitura do Recife. 

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Dessa vez, quem propôs a reabertura da comissão foi o 1º secretário da Câmara, o vereador Eriberto Rafael (PP). "Eu senti a necessidade de retomar a atividade dela porque com a chegada da vacinação, a gente pode trazer, por exemplo, esclarecimento para a população sobre os grupos prioritários, ver como está sendo o dia a dia essa vacinação, do ponto de vista financeiro do quanto está chegando de suporte para esse trabalho. Todo vereador tem a função de fiscalizar, mas com a comissão a gente pode ter uma maior efetividade", argumentou o vereador ao JC

São sete vereadores que compõem a frente, que terá duração de 180 dias. Além do presidente, ela era integrada por Ana Lúcia (Republicados, Renato Antunes (PSC), Eriberto Rafael (PP), Rinaldo Júnior (PSB), Chico Kiko (PP) e Benjamin da Saúde (PSB). Este último não foi reeleito. "Dependendo de quantas pessoas quiserem participar, leva-se em consideração a proporcionalidade. Vamos também ouvir os líderes", explicou Eriberto Rafael. 

Durante a sessão, Luiz Eustáquio defendeu a continuidade do colegiado, sobretudo nesta nova fase da vacinação. "Precisamos saber qual a melhor forma de ajudar na questão da vacina, estimular o uso dela e também vermos, em conjunto, formas de esse imunizante chegar o mais rápido possível nas populações", afirmou. 

Oposição

Lider da oposição da Casa, Renato Antunes disse esperar que a comissão faça o acompanhamento dos gastos públicos com a pandemia. Ele foi autor de um pedido de criação de uma comissão parlamentar específica para fiscalizar as contas da Prefeitura no combate à covid-19, mas a proposta foi rejeitada justamente porque já existia uma comissão relacionada ao tema.  

"Eu vejo com bons olhos, porque é uma nova legislatura. A gente vai enquanto Câmara, discutir sobre esse tema que é tão difícil que a gente está passando. Eu acredito que essa comissão vai focar um pouco no processo de vacina, se não está havendo nenhuma quebra de direito, pessoas furando fila", projetou o líder ao JC.

O vereador Ivan Moraes levantou a necessidade de discutir, no âmbito da comissão especial, as lacunas na política de enfrentamento á covid-19 no Recife. "É preciso que se diga por exemplo que desde o final de dezembro até agora os exames que são realizados pela rede pública municipal estão atrasando muito quando não são perdidos. Além de ser um desrespeito para cada cidadão e cidadã, é muito perigoso que a gente não dê o resultado em tempo, que a pessoa precise voltar ao trabalho sem saber se está ou não infectado com o vírus do coronavírus", queixou-se o psolista. 

A bancada de oposição deve fazer a indicação do vice-líder da bancada, Dr. Tadeu Calheiros, para compor o colegiado, devido a sua atuação na área da saúde. Ele, inclusive, trabalha na linha da frente contra a covid-19. Em aparte durante a sessão, o vereador de primeiro mandato sugeriu como um dos primeiros atos da comissão um pedido de reunião com a secretária de Saúde do Recife, Luciana Albuquerque.

"Esse atraso do exames faz com que profissionais da linha de frente tenham que esperar de 10 a 14 dias para retornar quando podiam retornar se tivessem um exame negativo e isso desfalca escalas de profissionais dentro dos serviços. Hoje esses mesmos profissionais rende tantas homenagem, não sabem quando serão vacinados muitos deles, apesar da campanha estar sendo realizadas, muitos não sabem, isso gera bastante angústia", disse. 

 

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