O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), admitiu a possibilidade de fatiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial e aprovar apenas a medida para destravar o auxílio emergencial, deixando os dispositivos de contenção de gastos para depois.
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A articulação cresceu nos bastidores do Senado, conforme o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou, e deve ser discutida em reunião de líderes nesta quinta-feira (25).
"Não avaliamos isso ainda, mas eventualmente pode ser uma possibilidade", afirmou Pacheco em entrevista à imprensa antes da sessão do plenário.
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A votação da proposta, pautada para quinta-feira deve ser adiada para a próxima terça-feira (2).
A equipe econômica tenta barrar a pressão pelo fatiamento.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que pode deixar de votar a proposta se os senadores aprovarem só o auxílio emergencial. A avaliação é que o restante da medida, com as medidas de ajuste, vai "morrer" no Senado.
O movimento levou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a afirmar que a PEC não será fatiada. "Vamos votar uma PEC robusta, que traduza o compromisso com a sustentabilidade da dívida e a responsabilidade fiscal. Sem fatiamento", escreveu Bezerra, no Twitter.