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'Ecocida', 'Pior ministro', 'já vai tarde': Oposição a Bolsonaro comemora queda de Ricardo Salles do Ministério do Meio Ambiente

A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e pernambucanos como Danilo Cabral, Carlos Veras e Marília Arraes também se manifestaram

Cadastrado por

JC

Publicado em 23/06/2021 às 18:33 | Atualizado em 23/06/2021 às 18:33
Ricardo Salles foi exonerado do cargo de Ministro do Meio Ambiente - JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Logo anunciada a queda do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro, a oposição foi às redes sociais comemorar a saída do gestor da pasta. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e informa que foi a pedido de Salles. No mesmo decreto, Bolsonaro nomeou Joaquim Alvaro Pereira Leite como novo ministro do Meio Ambiente.

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Líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB) classificou Ricardo Salles como "o pior ministro" do Meio Ambiente que o Brasil já teve. "Já vai tarde! Agora terá que acertar suas contas com a Justiça. Esse será o destino de muitos que servem a esse desgoverno. Não há mal que dure para sempre", afirmou o socialista.

Deputado federal pelo PSOL-RJ, David Miranda lembrou que a gestão de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente ficou marcada por uma polêmica envolvendo reunião ministerial de 22 de abril de 2020, na qual Salles sugeriu a Bolsonaro que o governo aproveitasse a pandemia da covid-19 para "ir passando a boiada", alterando regras ambientais. "Ricardo Salles acaba de pedir demissão do ministério do Meio Ambiente. A boiada passou por cima dele", escreveu o deputado David.

Deputada federal por Pernambuco, Marília Arraes, do PT, chamou Salles de inimigo do Meio Ambiente. Também do PT, Carlos veras lembrou que Salles é alvo de investigação e disse que a exoneração foi "um alívio para o meio ambiente".

Danilo Cabral, do PSB de Pernambuco, classificou Salles como 'Ecocida' e criticou sua gestão. "Passagem criminosa do Ministro foi marcada por ataques ao meio ambiente com desmatamento da Amazônia, flexibilização das regras de Licenças, desmonte dos órgãos de controle e denúncias de envolvimento promíscuo com madeireiras".

O deputado Ivan Valente (PSOL) também chamou Salles de "ecocida" e "corrupto". "Ricardo Salles, envolvido até o pescoço com madeireiros ilegais, finalmente foi demitido! Vitória após pressão! Salles terminará na prisão", escreveu.

Deputado federal e secretário-geral do PT, Paulo Teixeira afirmou que as "florestas agradecem" a queda do ministro. "O maior desmatador do Brasil pede demissão do Ministério do Meio Ambiente. Fora Ricardo Salles. O próximo é Bolsonaro", disse.

Líder da bancada do PSOL na Câmara, Talíria Petrone também se manifestou sobre a saída. "Finalmente o pior ministro do Meio Ambiente, único em toda história acusado de crimes ambientais, CAIU! Agora precisamos derrubar o chefe genocida!".

O senador Randolfe Rodrigues (Rede), vice-presidente da CPI da Covid no Senado, disse que Salles "já vai tarde".

Ricardo Salles é alvo de inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), por supostamente ter atrapalhado investigações sobre apreensão de madeira. A suspeita foi apresentada pela Polícia Federal. Salles nega ter cometido irregularidades.

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