Cotado para assumir o cargo de ministro da Casa Civil, o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), já foi aliado de primeira ordem dos principais adversários do presidente. Nas eleições presidenciais de 2018, ele apoiou a candidatura de Fernando Haddad (PT) e participou de comícios do petista no Piauí.
Decisão de apoiar o PT contrariou o Progressistas, que fez parte da coligação do candidato Geraldo Alckmin (PSDB). Na eleição de 2018, após a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser barrada, o senador disse que ficaria com Lula "até o fim".
Em 2017, em entrevista à TV Meio Norte, do Piauí, Nogueira chamou o então deputado e pré-candidato à presidência Jair Bolsonaro como "fascista". "O Bolsonaro, eu tenho muita restrição, porque é fascista, ele tem um caráter fascista, preconceituoso, é muito fácil ir para a televisão e dizer que vai matar bandido", disse.
No ano passado, em meio ao início da aproximação de Bolsonaro com o Centrão, Ciro Nogueira rompeu com o PT e se declarou oposição ao governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
Mudanças em ministérios
Com Ciro Nogueira na Casa Civil, o hoje ministro Luiz Eduardo Ramos pode ser transferido para a Secretaria-Geral. O ministro Onyx Lorenzoni, hoje na Secretaria Geral da Presidência e ex-chefe da Casa Civil, iria para o Ministério do Trabalho, que seria recriado para recebê-lo.