A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) prestou depoimento, nesta segunda-feira (26), na 2º Delegacia da Polícia Civil, na Asa Norte, em Brasília, sobre o incidente ocorrido em seu apartamento funcional na madrugada do dia 18 de julho. A parlamentar também deve passar por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
O caso está sendo investigado pela Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados e, segundo informações do portal G1, a Polícia Civil do Distrito Federal não confirmou que há ocorrência já registrada junto à corporação. Ainda segundo o portal, Joice afirmou aos jornalistas que está preparando um boletim contra pessoas que tenham "feito ilações" sobre as suspeitas de agressão.
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De acordo com Joice Hasselmann, ela teria sido vítima de um "atentado", em seu apartamento funcional em Brasília, ao acordar no chão do quarto em cima de uma poça de sangue. A parlamentar, que alega não lembrar do que aconteceu, foi socorrida e estava com dois dentes quebrados, um corte no queijo e cinco fraturas no rosto e na costela.
Além do depoimento, a ex-líder do governo Bolsonaro também entregou um objeto que teria aparecido em seu apartamento, embaixo do sofá. "Foi bastante interessante porque, quando encontramos, tinham cinco pessoas em casa, foi logo na saída de vocês [imprensa]. Estava logo abaixo do sofá, um sofá que tem uma trava. Quando foi recolhido o objeto, estava lá na sala e entregamos [à polícia]", disse Joice aos jornalistas. Apesar de não explicar que tipo de que tipo de objeto se trata, ela afirmou que o item não pertence a ninguém de sua casa.
Suspeitos
Em entrevista coletiva, nesse domingo (25), Joice Hasselmann disse ter informado à polícia o nome de dois suspeitos de envolvimento na suposta agressão contra ela, um deles parlamentar. Ela também prometeu pedir apuração sobre a conduta do á apuração Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI).
Ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional, a deputada hoje faz oposição ao presidente seus aliados, depois do rompimento do presidente com o PSL, que ocasionou em uma debandada de bolsonaristas do partido. Na CPI das Fake News, ela denunciou o suposto "gabinete do ódio", formado por aliados de Bolsonaro para espalhar desinformação contra adversários.
“A fonte disse que estavam atrás do meu carro para amassar e dizer que eu me envolvi em um acidente. Vou acionar o (general) Heleno para que traga explicações, se existe GSI paralelo. Tenho isso (mensagem da fonte) escrito, com hora, no meu telefone, não foi alguém que simplesmente me falou. Vou querer explicações do GSI. Por que inventar esse acidente de carro, por que esse medo?”, contou a deputada.