Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti foi governador de Pernambuco (1990-1994) e prefeito do Recife por dois mandatos (1983-1985 e 1988-1990). Em sua trajetória política, ele também foi ministro do Interior, deputado federal e secretário estadual. Considerado um político de perfil conservador, Joaquim passou pelos partidos Arena, PDS, PFL, PTB, DEM, PSB e PSDB - desfiliando-se após cinco anos atuando como presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV-PE).
Formado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Joaquim Francisco era advogado e Procurador do Estado de Pernambuco aposentado. Ele nasceu no Recife, no dia 14 de abril de 1948. O contato com a política vem dentro de sua família, seu tio José Francisco de Moura Cavalcanti foi governador de Pernambuco (1975-1979). Casado com Silvia Couceiro, Joaquim deixa três filhos. As informações são do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC).
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Em 1966, Joaquim filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (Arena), onde foi nomeado oficial-de-gabinete do então governador do Estado, Nilo Coelho. Após passar por outros cargos no Executivo, Joaquim foi nomeado secretário de Trabalho e Ação Social já na gestão de seu tio, Moura Cavalcanti.
Depois de passar pela Arena, partido de sustentação do regime militar, Joaquim Francisco filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS). Em 1981, ele foi nomeado prefeito do Recife pelo então governador Roberto Magalhães. Ao migrar para o PFL, ele se candidatou a deputado federal constituinte em 1986, sendo o candidato mais votado do partido, eleito com 142.359 votos.
Entre 1987 e 1988, Joaquim elegeu-se prefeito do Recife por uma ampla coligação que reunia o PFL, PDS, PTB e outras agremiações. Durante a primeira eleição realizada pelo voto direto, o então prefeito do Recife apoiou o ex-governador de Alagoas Fernando Collor de Melo, candidato à Presidência da República pelo PRN.
Foi na gestão de Joaquim Francisco, em parceria com o governo federal e o governo do estado, que ocorreu a implementação do metrô do Recife, com a inauguração do primeiro trecho indo da estação central até a estação de Jaboatão dos Guararapes. Em 2016, por indicação do ministro das Cidades, Bruno Araújo, Joaquim assumiu a presidência do Conselho de Administração da CBTU, no Rio de Janeiro.
Posteriormente, Joaquim Francisco foi um dos primeiros governadores a romper com Collor, de quem também havia recebido apoio para se candidatar ao Governo do Estado, em 1990. Nessa disputa, contra Jarbas Vasconcelos (PMDB), ele foi eleito no primeiro turno com 1.238.326 votos.
Na Câmara dos Deputados, Joaquim Francisco obteve mais dois mandatos (1998 e 2002). Um dos principais destaques de sua atuação foi na relatoria da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), um dos principais instrumentos de controle e moralização da gestão pública. A aprovação da LRF ocorreu no início do segundo mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
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Durante seus mandatos como parlamentar, Joaquim também participou das Comissões de Agricultura e Política Rural, Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, Desenvolvimento Urbano, Desenvolvimento Urbano e Interior, Direitos Humanos e Minorias, Economia, Indústria e Comércio, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Trabalho, Administração e Serviço Público, Responsabilidade Fiscal, e Microempresa.
Após deixar o Congresso em 2007, Joaquim migrou para o Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 2009, à convite do ex-governador Eduardo Campos. Foi pela sigla que conseguiu ser eleito primeiro suplente de Senador. Mas, após seis anos no partido, decidiu trocar a legenda socialista pelo PSDB, onde ficou de 2015 até 2020, presidindo o Instituto Teotônio Vilela (ITV-PE).
Joaquim Francisco chegou chegou a considerar sair como candidato à prefeito do Recife nas últimas eleições, mas desistiu de concorrer ao pleito municipal. Na época, em entrevista à Rádio Jornal, Joaquim afirmou que o melhor candidato para a Prefeitura do Recife, seria o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM).
*Com informações do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)