Após o PT anunciar que vai mobilizar um novo protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro no dia 2 de outubro, outros partidos de oposição juntaram-se à sigla do ex-presidente Lula e divulgaram que vão tocar manifestações conjuntas pelo impeachment. A decisão foi tomada por dirigentes do PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade depois de uma reunião em Brasília nesta quarta-feira (15). O acordo é que os atos sejam realizados tanto no dia 2 de outubro quanto em 15 de novembro.
De acordo com as siglas, os movimentos e políticos que participaram dos atos do último dia 12, como o MBL, também serão convidados a participar das mobilizações. Quando chamados para estarem nesses últimos protestos, porém, parte das legendas que estão à frente destas novas manifestações preferiram não participar.
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"Vamos juntos! O dia de hoje é um marco na luta pela democracia e pelo impeachment. Os partidos de oposição na Câmara - PCdoB, PT, PSOL, PDT, PSB, PV, Rede, Solidariedade e Cidadania - decidiram: vão estar unificados nas ruas nos dias 2/10 e 15/11 contra Bolsonaro", pontuou a vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB, Luciana Santos.
"Além de partidos de oposição e movimentos sociais queremos fazer algo ainda mais amplo, com a presença de governadores, artistas, personalidades diversas. Sem sectarismos, sem antecipar debates eleitorais, sem hostilidades. Vamos avançar e vamos DERRUBAR Bolsonaro! Há esperança!", completou o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, no Twitter.
As datas em que serão realizados os atos já estavam previstas no calendários da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, composta por grupos e partidos majoritariamente de esquerda e que já promoveu cinco manifestações nacionais desde o mês de maio. As principais pautas do grupo são o impeachment de Bolsonaro, maior acesso às vacinas e o respeito à democracia.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, apesar de terem chegado a um entendimento, os dirigentes dos partidos que participaram da reunião de hoje confessam, em reserva, que há dificuldades para a construção de uma coalizão ideológica extensa para o dia 2. Os motivos seriam o prazo curto e controvérsias decorrentes do protesto mobilizado pelo MBL, que teve críticas ao PT e ao ex-presidente Lula.