Durante reunião realizada na tarde desta terça-feira (28), a Executiva Nacional do PSL autorizou, por unanimidade, a convocação de uma Convenção Nacional Conjunta do DEM e do PSL para discutir a fusão entre os dois partidos. O ato foi agendado para o dia 6 de outubro, na quarta-feira da semana que vem, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.
A ideia das agremiações é aprovar os projetos comuns de Estatuto e o programa da nova sigla, bem como eleger a Comissão Executiva Nacional Instituidora, órgão que vai realizar o registro da nova legenda. Na prática, este é o primeiro passo para que a fusão das agremiações seja oficializada.
Segundo reportagem da revista Veja, apesar do avanço nas negociações, ainda haveria impasses pelo controle de diretórios em pelo menos nove Estados. Os principais entraves seriam no Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão e Paraíba, diz a publicação.
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Segundo o ex-ministro da Educação e presidente estadual do DEM, Mendonça Filho, em Pernambuco a situação já estaria pacificada. "Todo o princípio de governança do projeto de fusão DEM/PSL obedecerá a regras de governança onde, para se ter um determinado caminho, para se definir as direções que se seguirá, serão levadas em consideração a formação de uma maioria de 60% da Executiva nacional ou estadual. A rigor, vai ficar muito fácil o entendimento, porque ele é compulsório. Se não houver entendimento, não haverá caminho comum", declarou o democrata em entrevista à Rádio Clube na última segunda-feira (27).
O comando nacional da nova sigla e a indicação do presidente estadual em Pernambuco deve ficar a cargo do pernambucano Luciano Bivar, que hoje preside o PSL. A Mendonça Filho caberá a presidência da legenda no Recife.
De passagem por Pernambuco no último sábado (25), quando participou do evento de filiação do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, ao Democratas, o presidente nacional da sigla, ACM Neto, afirmou que apesar de Bivar ter conquistado o diretório pernambucano da nova agremiação, espera que as lideranças locais do DEM também sejam consideradas na tomada de decisões.
"A nossa ideia, no caso de Pernambuco, é que a mudança nos traga uma perspectiva de crescimento. Nós vamos ter três figuras exponenciais daqui do Estado no nosso partido, que vão ter um peso nacional muito grande: o nosso presidente Bivar, Mendonça e o deputado Fernando Filho. Essas três figuras não terão peso apenas em Pernambuco, vão ter peso nacional, vão estar sentados na mesa de qualquer discussão e decisão nacional. O nosso espírito é que, aqui em Pernambuco, da mesma forma, todos possam ter relevância", detalhou o ex-prefeito de Salvador.
Questionado na entrevista de ontem se há uma definição quanto ao nome da nova agremiação, Mendonça afirmou que a questão ainda está em discussão entre os dois partidos. "Eu avalio que a gente precisa ter uma discussão que tenha base, também, em uma consulta pública, no sentimento do eleitor, na percepção do eleitor. Temos feito pesquisas para indicar caminhos que gerem essa interpretação mais adequada com relação ao sentimento do eleitor. Partidos geralmente têm uma distância muito grande do seu eleitor no seu dia a dia e a gente quer ter o máximo de ligação e referências, tendo em vista o sentimento da população. Estamos em um processo de pesquisa que deve ser concluído nos próximos dias para que a gente tenha uma definição com relação ao nome e ao número a ser adotado", revelou.