Benefício social

Lula fala sobre Auxílio Brasil: "Ele [Bolsonaro] tem que dar. Se vai tirar proveito disso, problema dele"

Petista falou à rádio da Bahia na manhã desta quarta-feira (20)

Cadastrado por

Estadão Conteúdo, Renata Monteiro

Publicado em 20/10/2021 às 16:12 | Atualizado em 20/10/2021 às 16:13
Lula tem 48%; Bolsonaro, 22% - RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA E ISAC NÓBREGA/PR

Em entrevista à Rádio A Tarde, da Bahia, na manhã desta quarta-feira (20), o ex-presidente Lula (PT) afirmou que vê com otimismo a proposta de benefício social feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Auxílio Brasil, muito embora tenha dito que o PT defende repasse de valor maior para a população de baixa renda do País. Segundo ele, ainda que a ideia tenha tom eleitoral, caberá à população avaliar o proveito que o militar da reserva quer tirar da iniciativa.

"Tô vendo o Bolsonaro dizer agora que vai dar R$ 400 de auxílio. Tem gente dizendo que é auxílio eleitoral, que não podemos aceitar. Não penso assim. O PT defende um auxílio de R$ 600 desde o ano passado. O povo precisa. Ele tem que dar. Se vai tirar proveito disso, problema dele", declarou o líder petista.

>> Para Lula, governo Bolsonaro pratica a 'mais horrenda' velha política

>> Presidente do Senado vai mudar de partido para disputar o lugar de Bolsonaro, mas objetivo é ajudar Lula

>> Clima eleitoral e bate-boca entre Ciro e Lula brecam conversas da 'frente ampla' pelo impeachment de Bolsonaro

Na visão de Lula, seus governos provaram que "pobre não é problema", mas, sim, a "solução". "Quando ele pobre está participando do bolo do Orçamento, na receita construída pela sociedade, esse cidadão vira um consumidor, vira um cidadão de primeira classe, forma um degrau na escala social, pode participar do dinamismo da economia do País", defendeu.

No entanto, mesmo destacando a recente movimentação do governo sobre a questão social, Lula comentou que o Brasil está sendo governado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que, segundo o ex-chefe do Executivo, não cumpre as metas estabelecidas.

De olho em 2022, com a liderança garantida nas pesquisas eleitorais, Lula reforçou o apelo para que as eleições não sejam priorizadas, uma vez que há o período de um ano até elas ocorrerem. No momento, o petista destacou que devem ser resolvidos os "problemas sociais do Brasil".

Restabelecendo a promessa feita ao seu eleitorado, o ex-presidente afirmou que, somente no início do ano que vem, deve definir sobre sua candidatura e, então, começar a fazer viagens pelo Brasil. Contudo, Lula disse que, independentemente de qualquer circunstância, ele fará campanha no ano que vem, seja como candidato, cabo eleitoral ou eleitor.

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS