Em Roma, na Itália, para participar do encontro do G20, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem chamado atenção pela falta de interação e de agendas bilaterais com os líderes globais. Momentos antes da cúpula oficial começar, neste sábado, havia uma antessala reservada para que os líderes pudessem conversar e trocar informações. Segundo informações do UOL, o presidente do Brasil teria ficado deslocado, sendo acompanhado em vários momentos apenas por sua equipe.
Ele chegou a conversar com o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, afirmando que é muito popular no Brasil, que a Petrobras seria um grande problema e disparou críticas contra a imprensa brasileira. Mas, a conversa que mais teria durado foi com o presidente da Argentina, Alberto Fernandez. Bolsonaro, inclusive, fez campanha contra o líder argentino, por ser do campo da esquerda. Nas redes sociais, o presidente do Brasil registrou o cumprimento ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
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Em paralelo, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da França, Emmanuel Macron, o secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen (UE), debatiam a respeito da criação de um fundo em conjunto para garantir a distribuição de vacinas, ainda de acordo com informações do UOL, que teve acesso ao salão reservado.
Outra situação que que tem sido vista como mais um fato do distanciamento de Bolsonaro com os líderes dos países membros do G20, foi durante a visita ao tradicional ponto turístico de Roma, a Fonte de Trevi de Roma, neste domingo (31). Entre os presentes estavam Angela Merkel, Boris Johnson e Emmanuel Macron. Já nas suas redes sociais, Bolsonaro compartilhou um vídeo mostrando um grupo de apoiadores vestidos de verde e amarelo, com gritos de “mito”, na embaixada do Brasil, em Roma.
AGENDA
Neste domingo, o presidente da República e o ministro das Relações com Exteriores, Carlos França, participaram de uma reunião com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, à margem da Cúpula do G-20. Mais cedo, em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que teve um encontro importante com os líderes do G-20 e que se comprometeram com o fortalecimento dos sistemas de saúde de maneira geral, não só na pandemia, mas para enfrentar outras doenças sanitárias.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, acompanhará o presidente Jair Bolsonaro na maior parte dos compromissos oficiais. Mais cedo, Guedes acompanhou Bolsonaro num evento à margem da Cúpula do G-20, que tratava sobre o papel do setor privado na luta contra a mudança climática.
O ministro da Economia também acompanhou o presidente na segunda sessão de mudança climática e meio ambiente do G-20, além de um almoço para debater sobre o desenvolvimento sustentável e do encerramento da reunião das 20 principais economias do mundo. Desassociada da agenda de Bolsonaro, Guedes teve uma reunião com a ministra das Finanças da Indonésia, Mulyani Indrawati, e com a secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen.