A passagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na reunião do G-20 em Roma, na Itália, registrou mais um episódio de agressão aos veículos de imprensa. Durante uma caminhada improvisada do presidente, jornalistas foram agredidos por agentes não identificados, e o tumulto resultou num manifestante ferido.
Os agentes agrediram repórteres com socos e empurrões, de acordo com o jornal O Globo e tomaram o celular de um deles, segurando as mochilas dos profissionais para tentar impedir que eles registrassem o passeio de Bolsonaro por uma das principais ruas do centro histórico da capital italiana.
Os agentes foram instados por jornalistas a se identificarem após as agressões, o que não fizeram. Eles estão cedidos pelo governo local, anfitrião do G-20, para dar apoio à segurança de Jair Bolsonaro desde que ele desembarcou no país, na última sexta, dia 29.
O presidente saiu à rua minutos depois e causou ainda mais tumulto ao passar por apoiadores. Na correria em busca de contato com o presidente, ao menos um manifestante ficou ferido. Bolsonaro estava acompanhado por agentes italianos e brasileiros no momento.
Em relato publicada pela Folha de São Paulo, a jornalista Ana Estela de Sousa Pinto disse que os agentes ignoraram as informações repassadas pelos jornalistas sobre as credenciais e a liberação para a cobertura.
No Twitter, o jornalista Jamil Chade registrou a agressão. "Violência da polícia italiana e brasileira contra os jornalistas que acompanham Bolsonaro pelas ruas de Roma. Equipes agredidas, meu celular levado por um dos policiais e muita confusão", escreveu.