Com informações do Estadão
A Polícia Federal reabriu o inquérito sobre o atentado a faca contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na campanha eleitoral de 2018. A investigação foi retomada após o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), em Brasília, derrubar, no início deste mês, as restrições que impediam a continuidade da apuração.
A PF poderá analisar o material obtido a partir da quebra de sigilo bancário do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que na época do crime defendeu Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada.
O delegado Rodrigo Morais Fernandes também poderá ter acesso ao conteúdo da operação que fez buscas no escritório do advogado, em 2018. Na ocasião, os agentes apreenderam celular, livros caixa, recibos e comprovantes de pagamento de honorários, mas não puderam se debruçar sobre o material por decisão liminar da Justiça, anulada no dia 3 de novembro pelo TRF1.
A linha de investigação retomada pela PF busca verificar se alguém pagou pelo trabalho de Zanone no caso ou se o advogado assumiu a defesa de Adélio para ganhar visibilidade. A hipótese de um mandante por trás do atentado foi encerrada em maio do ano passado pelo delegado Rodrigo Morais. Ele concluiu que Adélio agiu sozinho e por motivos pessoais.