O ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou comentar nesta sexta (17) o mérito da derrubada pelo Congresso Nacional do veto do presidente Jair Bolsonaro para os R$ 5,7 bilhões de fundo eleitoral em 2022.
"Essa é uma pergunta política que eu não vou comentar. O presidente vetou e derrubaram o veto. A política faz barulho mesmo, isso para mim é barulho", afirmou, em coletiva de fim de ano. "Não quero entrar na especificidade de um problema político, eu quero fazer economia", completou.
- Fundo eleitoral terá patamar mínimo de R$ 811 milhões em 2022, diz TSE
- Centrão age e faz pressão por fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões em 2022
- Confira a tabela com os valores que cada partido pode receber para a eleição em 2022 se o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões for confirmado
- Congresso derruba veto e garante R$ 5,7 bilhões para fundo eleitoral em 2022
Questionado se o dinheiro fará falta, Guedes reconheceu que sim. "É óbvio. Vai fazer falta para os ministros que querem gastar mais. Mas você acha que a política tem capacidade de se sustentar sem verba?", retrucou.
Para o ministro, o Brasil não vai escapar da necessidade de fazer uma reforma política e uma reforma orçamentária. "Temos de fazer no tempo de paz o que fizemos no tempo de guerra no orçamento. A essência da política é como alocar recursos do Orçamento", repetiu.
IR
Questionado sobre a promessa de Jair Bolsonaro de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda de Pessoas Física para R$ 5 mil, Guedes repetiu que o governo mandou para o Congresso uma proposta de reforma tributária que alterava as alíquotas do tributo.
"Será que presidente não vai cumprir a promessa ou Congresso não deixou? Será que foi o Senado, ou o relator Ângelo Coronel impediu o presidente de cumprir a promessa? O presidente da Câmara, Arthur Lira, conseguiu 400 votos para reforma tributária, mas Senado não deixou andar", respondeu, em coletiva de fim de ano.