ELEIÇÕES 2022

Senadora Simone Tebet se diz preparada para liderar candidatura presidencial da terceira via

Eu me sinto preparada para liderar essa legião que existe por trás de nós que não quer nem o atual governo nem voltar ao passado, disse Tebet

Cadastrado por

Marília Banholzer

Publicado em 11/04/2022 às 17:20 | Atualizado em 11/04/2022 às 23:13
ESTRATÉGIA Senadora do MS é vista como a peça que falta no xadrez - PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

Da Estadão Conteúdo

A senadora Simone Tebet (MDB) afirmou, neste domingo (10), que se sente preparada para liderar a candidatura presidencial organizada pelo que chamou de "centro democrático". Ela disse ter certeza que o grupo de partidos que articula lançar um nome único à corrida presidencial pela "terceira via" chegará em um consenso e argumentou que os pré-candidatos respeitarão a escolha das siglas. "Quem quer apoio tem que estar disposto a dar apoio", comentou.

"Óbvio que todos nós nos sentimos preparados. Eu me sinto preparada para liderar essa legião que existe por trás de nós que não quer nem o atual governo nem voltar ao passado", afirmou em sabatina da Brazil Conference, em Boston (EUA), evento apoiado pelas universidades Harvard e MIT. Realizada anualmente, a conferência tem parceria do jornal O Estado de S. Paulo, que faz a cobertura dos debates.

A sabatina com Simone Tebet foi moderada pela jornalista e colunista do jornal O Globo Vera Magalhães. Também participaram a jornalista e colunista do jornal O Estado de S. Paulo Eliane Cantanhêde, a advogada criminalista Dora Cavalcanti, a presidente do Instituto Igarapé Ilona Szabó, e o graduando de Boston College, João Ferraz.

Os dirigentes do PSDB, MDB, Cidadania e União Brasil decidiram lançar uma candidatura conjunta à presidência, cujo nome será anunciado no dia 18 de maio. Questionada pela colunista Eliane Cantanhêde sobre a disputa interna das siglas na escolha do nome, Tebet citou apenas o tucano João Doria e o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, como pré-candidatos que concorrem com ela o endosso da coligação, descartando o ex-juiz Sérgio Moro da lista.

"É claro que João Doria vai dizer que é pré-candidato até o final, o próprio deputado Luciano Bivar, mas todos nós temos um pacto a favor do Brasil. Estamos deixando nossos projetos pessoais porque o que interessa é o centro democrático estar no segundo turno", argumentou Simone, minimizando a existência de um racha no MDB, que se divide em apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente Jair Bolsonaro nos Estados. "Me desculpe o ministro Sérgio Moro, mas hoje ele não é, por enquanto, o pré-candidato do União Brasil, que vai ter um pré-candidato que é o Luciano Bivar", completou.

Em sabatina realizada no mesmo evento, no sábado, 9, o ex-juiz disse seguir à disposição para a candidatura presidencial.

Propostas de Simone Tebet

Entre as propostas discutidas para um possível governo liderado por ela, Tebet defendeu que questões referentes à segurança pública precisam ser coordenadas pelo governo federal. Neste contexto, sugeriu a criação de um ministério da Segurança Pública separado do Ministério da Justiça.

Em meio a diversas críticas ao governo federal, a senadora aproveitou, ainda, para levantar a bandeira de uma reforma tributária que, segundo ela, poderia diminuir a desigualdade de renda no Brasil.

Ela propôs, por exemplo, a readequação de tributos para a faixa mais rica da população. "As faixas mais pobres, dividindo em 10 faixas, pagariam menos impostos e apenas a última faixa, portanto os 10% mais ricos teriam um aumento da carga tributária Isso se chama justiça social."

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