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Indicado de Bolsonaro, André Mendonça diz ter feito 'o correto' ao condenar Daniel Silveira e gera atritos

Mendonça argumenta nesta quinta-feira que, como cristão, "não creio que tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência"

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Estadão Conteúdo

Publicado em 21/04/2022 às 10:32
Ministro do STF André Mendonça - NELSON JR./SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, indicado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para o posto, foi ao Twitter nesta quinta-feira (21) para explicar seu voto a favor da condenação do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ). "Mesmo podendo não ser compreendido, tenho convicção de que fiz o correto", escreveu em seu perfil no Twitter.

Mendonça argumenta nesta quinta-feira que, como cristão, "não creio que tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas". E como jurista, "a avalizar graves ameaças físicas contra quem quer que seja".

"Há formas e formas de se fazerem as coisas. E é preciso se separar o joio do trigo, sob pena de o trigo pagar pelo joio", escreveu o ministro.

O STF condenou na quarta-feira, por 10 votos a 1, o deputado Daniel Silveira a 8 anos e 9 meses de prisão, além de multa no valor de R$ 192,5 mil, por incitar agressões a ministros da Corte e atacar a democracia, defendendo em vídeos, o fechamento da instituição.

A maioria do STF entendeu que a conduta do deputado foi criminosa e não estava protegida pela imunidade parlamentar.

O voto de Silveira contrastou com o do ministro Nunes Marques, também indicado por Bolsonaro para o Supremo e que defendeu a não condenação de Silveira.

A decisão de Mendonça foi criticada por parlamentares governistas e aliados de Bolsonaro, levando o nome do ministro para os assuntos mais comentados no Twitter na quarta-feira.

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