Ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) disse não estar trabalhando com a ideia de ser vice em uma eventual chapa liderada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) na disputa pela Presidência da República.
"Não estou trabalhando com essa perspectiva. [...] A eleição nacional não se dá apenas pela formação de chapa nacionalmente, mas também pelos palanques regionais, trabalho nos bastidores", disse o tucano em entrevista ao UOL News.
Após retirada da pré-candidatura do ex-governador de São Paulo João Doria, Eduardo Leite voltou a ser especulado como candidato a presidente pelo PSDB.
No entanto, ele se esquiva da discussão. "Se eu quisesse simplesmente ser candidato a presidente, eu tinha opção no momento que me foi ofertado por outros partidos políticos a condição de ser candidato, e eu não troquei de partido. A discussão se dá no PSDB com a participação também em conversas com outros partidos".
O PSDB pode apoiar junto com o Cidadania e o MDB a candidatura de Tebet, mas, segundo Eduardo Leite, esse apoio não está consolidado. "Acho que a Simone acaba tendo preferência na discussão, mas não é algo consolidado, o partido tem que discutir isso".
Ainda na entrevista ao UOL News, ele explicou que a retirada da candidatura de João Doria não significa imediata adesão a uma candidatura "ou outra nem a não assunção dessa candidatura significa que irá trabalhar imediatamente outra alternativa".
"Vejo e entendo como natural que se encaminhe a discussão de apoio a Simone. Mas o PSDB precisa aprofundar a discussão com o MDB sobre o projeto para o país e como se dará essa construção. Confio que chegaremos a um denominador comum", afirmou no Twitter.
Lula
O ex-governador do Rio Grande do Sul ainda disse que não há a possibilidade de apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já no primeiro turno da disputa presidencial.
"Não tem essa possibilidade de apoiar Lula logo no primeiro turno, temos divergências profundas do ponto de vista programático para o país. A liderança do PT, ela exerce o poder sempre em função do seu projeto político de poder".
Nas redes sociais, ele deixou claro que não participa das articulações nacionais do PSDB. "Meus olhares e minha atenção estão no RS. A condução do processo nacional está a cargo de nossos dirigentes partidários que, confio, saberão construir unidade no PSDB e outras agremiações. Terão minha parceria para isso, mas não articulo e nem participo das articulações nacionais".