LULA EM PERNAMBUCO

LULA EM PERNAMBUCO: veja ao vivo ato de pré-campanha em Serra Talhada, no Sertão

Lula vem a Pernambuco para atos em Garanhuns, no Agreste, Serra Talhada, no Sertão, e Recife

Cadastrado por

Amanda Azevedo

Publicado em 20/07/2022 às 0:00 | Atualizado em 20/07/2022 às 17:56
Lula tem 59% na região Nordeste, segundo pesquisa Datafolha - EVARISTO SA / AFP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está cumprindo agenda de pré-camapanha em Pernambuco nesta quarta (20) e quinta-feira (21). Mais cedo, ele esteve em um ato público realizado no município de Garanhuns, no Agreste, e agora participará de outro ato em Serra Talhada

A expectativa é grande pela chegada do líder petista na Antiga Estação Ferroviária, e o público em geral e apoiadores já estão se acomodando no local. Lula está acompanhado do seu pré-candidato a vice, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), e deverá chegar com a chapa que vai disputar o Governo do Estado representando aliança PSB-PT.

Leia-se: o pré-candidato a governador Danilo Cabral (PSB), a pré-candidata ao Senado Teresa Leitão (PT) e a pré-candidata a vice Luciana Santos (PCdoB)

Movimentação do público para o ato político do ex-presidente Lula em Serra Talhada - Flávio Lima / Serra Talhada
Movimentação do público para o ato político do ex-presidente Lula em Serra Talhada - Flávio Lima / Serra Talhada
Movimentação do público para o ato político do ex-presidente Lula em Serra Talhada - Flávio Lima / Serra Talhada
Movimentação do público para o ato político do ex-presidente Lula em Serra Talhada - Renata Araújo / TV Jornal Interior
Movimentação do público para o ato político do ex-presidente Lula em Serra Talhada - Renata Araújo / TV Jornal Interior

 

Veja ao vivo Lula em Serra Talhada

Na quinta (21), a programação de Lula no Recife inclui evento com representantes do setor cultural, almoço na casa de Danilo Cabral e ato público no Classic Hall.

Confira a agenda de Lula em Pernambuco

Quarta-feira (20)

Quinta-feira (21)

Eleições em Pernambuco, PEC Kamikaze e Bolsonaro: leia entrevista de Lula ao JC

Antes de chegar ao Estado, o petista concedeu entrevista exclusiva, por e-mail, ao Jornal do Commercio, respondendo perguntas a respeito de temas como a corrida eleitoral em Pernambuco, PEC Kamikaze, a situação econômica do Brasilorçamento secreto e eventual negociação com partidos do 'centrão' caso seja eleito.

Questionado sobre o imbróglio envolvendo o uso de sua imagem por Marília Arraes (Solidariedade) na pré-campanha ao governo do Estado, Lula enfatizou a aliança do PT com o PSB em Pernambuco, reforçando apoio a Danilo Cabral, pré-candidato socialista ao Palácio do Campo das Princesas.

Sobre os votos favoráveis de petistas à PEC Kamikaze, que permite ao governo ampliar benefícios sociais às vésperas da eleição e é aposta de Jair Bolsonaro (PL) para melhorar seu desempenho na corrida eleitoral, Lula disse que o apoio foi "um ato de humanidade", mas "se Bolsonaro pensa que vai ganhar o voto do povo dando isso por três meses, terá uma grande lição. O povo vai pegar o dinheiro e não vai votar nele".

O ex-presidente também falou sobre o papel do seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), caso sua chapa seja eleita, e comentou a escalada da violência política, evidenciada com o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Leia a íntegra da entrevista concedida por Lula ao JC

JORNAL DO COMMERCIO - Em Pernambuco o senhor já chegou a fazer menções a um palanque duplo, com Marília Arraes (SD) e Danilo Cabral (PSB). O senhor tem votos entre aqueles que apoiam Marília e entre os que apoiam Danilo. Para ficar claro, o seu conselho, seu pedido, é para que esses eleitores, hoje com Marília, votem no candidato do PSB?

LULA  - O PT tem uma aliança nacional com o PSB e uma aliança com o PSB em Pernambuco. Meu candidato em Pernambuco é Danilo Cabral e estou indo para agendas com ele em Serra Talhada, Garanhuns e Recife.

JC - O Brasil está em uma situação econômica difícil, mas o panorama é ainda mais crítico em países como o Chile e a Argentina, cujos governos o senhor apoia. O que foi feito lá e que não pode ser repetido aqui, caso o senhor vença a eleição?

LULA - Os problemas do Brasil não têm nada a ver com Chile ou Argentina. Os graves problemas do nosso País têm a ver com o atual desgoverno. Se eles se preocupassem com o povo brasileiro, conversassem com empresários e trabalhadores, tivessem uma boa imagem internacional, o País estaria muito melhor.

O Brasil hoje está pior do que eu peguei em 2003. Mas eu estou melhor que em 2003. Mais experiente, com mais vontade, sabendo o que tem que ser feito e vou montar a melhor equipe de governo que esse país já viu para montar o melhor governo que esse País já teve.

Garantir três refeições ao dia, emprego para o povo, que os trabalhadores voltem a ter direitos e as pessoas possam pagar suas contas, fazer seu mercado, até o fim do mês e ainda, se quiserem, um churrasquinho no fim de semana.

JC - A oposição, incluindo o PT, votou a favor da PEC Kamikaze, principal aposta de Bolsonaro para recuperar popularidade e voltar ao páreo na corrida eleitoral. Como conter esse crescimento que pode ser provocado pelos benefícios sociais resultantes dessa proposta? O senhor teria votado a favor se fosse parlamentar?

LULA - Há dois anos, Bolsonaro propôs R$ 200 de auxílio, o PT propôs R$ 600 de auxílio emergencial. O Congresso colocou em R$ 500, Bolsonaro baixou para R$ 400, agora propõe R$ 600 de novo. Votamos a favor dos R$ 600 e votaríamos de novo porque é um ato de humanidade, o povo precisa disso diante dos preços que disparam no supermercado.

Se o Bolsonaro pensa que vai ganhar o voto do povo dando isso por três meses, terá uma grande lição. O povo vai pegar o dinheiro e não vai votar nele.

JC - Qual o papel de Alckmin na sua campanha? Há quem aponte papel importante de interlocutor com o mercado e com setores de centro e centro-direita. Se resume a isso? Como apresentá-lo como seu vice, principalmente no Nordeste, onde o ex-tucano apresentou dificuldades nas últimas eleições?

LULA - Alckmin não é vice só para participar da campanha, não. Ele será participante integral do governo, ajudando-nos a governar com a experiência que ele tem. Se eleitos, faremos um governo amplo, de diálogo e muito trabalho porque precisaremos de todos para consertar o desastre e destruição desses últimos anos.

Alckmin vai participar de todas as reuniões, irá nos representar onde for necessário. E tenho certeza que a experiência de quem governou São Paulo por 14 anos irá ajudar muito o Brasil.

JC - Recentemente, percebe-se uma escalada na violência política no País. A morte de Marcelo Arruda foi o ápice. O senhor considera que de alguma forma seu discurso ou o do PT pode ser parte dessa conflagração. Há solução?

LULA - O PT existe desde 1980. Disputa eleições desde 1982, presidenciais desde 1989. E nunca tivemos essa briga e violência que tem agora. Porque política para nós é uma oportunidade de conscientização, não promover barbárie, como esse governo golpista. Nós sabemos e faremos campanha com paz e muito amor.

JC - A LDO de 2023 foi aprovada sem obrigatoriedade do pagamento de emendas do ‘orçamento secreto’. Há chances desse mecanismo voltar num eventual Governo Lula? O senhor vai tentar de alguma forma combater o orçamento secreto?

LULA - Vou fazer todos os esforços para que a gente não tenha orçamento secreto em 2023. Vamos ter é orçamento transparente. E participativo, com sugestões de toda a sociedade brasileira, a partir de 2023.

JC - Em nome da governabilidade e aprovação de mudanças que o PT considera importantes para a população, o senhor aceitaria o apoio do chamado 'centrão', que hoje está com Bolsonaro e, no passado, apoiou a queda de Dilma Rousseff? Já há conversas com líderes desse setor?

LULA - O centrão é uma realidade da política brasileira, mas não é um partido político. É um conjunto de parlamentares de vários espectros ideológicos, que tentam construir uma maioria para governar como eles querem.

E eu pretendo governar com os parlamentares eleitos, não preocupado com seus preceitos ideológicos ou interesses, mas convencê-los que os interesses do Brasil são maiores do que qualquer grupo.

Tags

Autor

Veja também

Webstories

últimas

VER MAIS