DEMOCRACIA BRASILEIRA

Mais de 100 entidades assinam manifesto da Fiesp em defesa da democracia; veja quais

A Fiesp recolhe assinaturas para o manifesto em defesa da democracia em meio aos ataques sem provas do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral brasileiro

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Amanda Azevedo

Publicado em 03/08/2022 às 22:06 | Atualizado em 09/08/2022 às 0:35
Edifício Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho, sede da Fiesp, em São Paulo - JULIA MORAES/FIESP

Por Beatriz Bulla e Adriana Fernandes, da Estadão Conteúdo 

O manifesto articulado pela Federação das Indústrias do Estadão de São Paulo (Fiesp) em defesa da democracia tem adesão de mais de 100 entidades, segundo lista preliminar obtida pelo Estadão.

Entre os signatários estão a Câmara Americana de Comércio (Amcham) e a Fundação Fernando Henrique Cardoso. Segundo a assessoria da Amcham, a entidade representa cerca de 4 mil empresas no Brasil, que juntas somam um terço do PIB Brasileiro.

Centrais sindicais também assinam o texto, como a CUT, além de entidades ligadas à proteção ambiental, como Greenpeace e WWF.

Membros da organização do manifesto consultados demonstraram frustração com o fato de a Ordem dos Advogados do Brasil nacional não ter assinado o texto - e por não ter se declarado a favor do movimento até o momento.

A seccional de São Paulo da OAB é uma das signatárias do manifesto da Fiesp. Na lista do manifesto em defesa da democracia estão também as já esperadas assinaturas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por exemplo, e a ausência também já sabida de grandes confederações, como as confederações nacional da indústria (CNI), comércio (CNC) e transportes (CNT).

"As eleições são um momento decisivo na vida democrática de um país. Muito estará em jogo nas eleições deste ano no Brasil, e nós da Amcham reforçamos a confiança no sistema eleitoral brasileiro. Como entidade centenária, entendemos também a importância do setor privado se manifestar de maneira apartidária e independente, bem como contribuir de forma ativa para o debate público do Brasil que desejamos e sonhamos", disse o presidente do Conselho de Administração da Amcham Brasil, Luiz Pretti, em nota enviada por sua assessoria.

À medida que a iniciativa ganha força e mais adesões, a organização do ato toma novas proporções. Dois eventos estão programados para acontecer no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), para manifestar a defesa do Supremo Tribunal Federal, do Tribunal Superior Eleitoral e do respeito ao Estado de Direito.

Há grupos que têm organizado uma marcha durante a manhã, para reunir apoiadores em caminhada até o Largo de São Francisco. A organização dos eventos reuniu-se com representantes da Secretaria de Segurança Pública, dos bombeiros e de órgãos de trânsito nos últimos dias para organizar o ato.

Nesta quarta-feira, a Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura, movimento que reúne mais de 300 representantes de empresas do agronegócio, setor financeiro, sociedade civil e academia, divulgou uma nota em favor da democracia e do processo eleitoral brasileiro.

O documento será enviado ao STF, ministérios, membros do Congresso, embaixadas, bancos e instituições de desenvolvimento. O agronegócio vinha sendo cobrado por não ter aderido à iniciativa gestada na Faculdade de Direito da USP e na Fiesp.

Veja lista preliminar de entidades que assinaram o manifesto da Fiesp

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