Eleições 2022

Encontro de Mulheres Negras do Nordeste realiza debate sobre a representatividade negra nas eleições de 2022

A iniciativa é da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e a Casa da Mulher do Nordeste

Cadastrado por

Mirella Araújo

Publicado em 11/08/2022 às 19:11 | Atualizado em 11/08/2022 às 19:32
A campanha Eu Voto em Negra tem como objetivo fortalecer as mulheres negras do Nordeste que desejam disputar as eleições - MANÚ CASTRO/CASA DA MULHER DO NORDESTE

A representatividade das mulheres negras no Poder Legislativo é tema do Encontro Regional de Mulheres Negras do Nordeste - Enegrecendo o Parlamento. O encontro será aberto e tem como objetivo fortalecer o debate sobre as candidaturas de mulheres negras e as estratégias que buscam avançar sobre a ocupação feminina nestes espaços de poder.

“Na ocasião vamos apresentar o projeto político que queremos para o futuro do país com a assinatura de uma carta compromisso! Vamos fortalecer a participação política de mulheres negras no pleito eleitoral de 2022, estratégia que entendemos como essencial para ampliar a nossa representatividade na democracia brasileira”, destaca a coordenadoria do evento.

O evento, que reforça a campanha Eu Voto Negra e contará com a participação de 36 candidaturas de todo o Nordeste, será realizado nesta sexta-feira (12), a partir das 17h, no auditório da Faculdade Esuda, no bairro de Santo Amaro - não é necessário realizar inscrição para participar.

A iniciativa é da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco e a Casa da Mulher do Nordeste, através do Projeto Mulheres Negras Rumo aos Espaços de Poder.

Para Piedade Marques, Coordenadora de Relações Institucionais da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, houve avanços significativos desde as eleições de 2020, no entanto, a disputa eleitoral de 2022 tem uma outra dimensão nessa discussão.

“Nós temos um campo possível, com certo distanciamento, para fazer a discussão política propriamente dita. As pessoas ficam mais propensas a pensar sobre o racismo no Brasil, e isso é algo que determina a diferença entre lá e cá, e fica mais evidente a própria disputa das mulheres dentro dos partidos para garantir esse campo de atuação e disputa política”, afirma.

“Nessa eleição, nós temos uma discussão mais forte, consistente. E essa discussão para a sociedade fica mais fácil, nítida, em um tom que sai da coisa das relações interpessoais, como costuma ocorrer nas eleições municipais. A candidata consegue ser vista muito mais enquanto essa sujeita política que pensa a sociedade no geral”, complementa.


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