Da Estadão Conteúdo
A candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, afirmou, em sabatina ao Jornal Nacional, nesta sexta-feira (26), que tem a "melhor equipe de economistas liberais" e determinou que a agenda social na economia será prioritária caso vença a eleição.
"Nós temos a melhor equipe dos economistas liberais do Brasil. Temos um compromisso fiscal, mas como um meio para se alcançar a responsabilidade social", disse Tebet. "A agenda social é erradicar a miséria, diminuir a pobreza e erradicar a fome no Brasil".
Para isso, Tebet propôs um programa de transferência de renda permanente.
"Mercado já sabe que vamos ter que no ano que vem, extrapolar o teto (de gastos) em R$ 60 bilhões para cobrir essa transferência de renda. É inadmissível não garantir pelo menos R$ 600 para quem tem fome", afirmou.
Tebet defendeu três reformas tributárias importantes no Brasil, com a simplificação da cobrança de impostos e deu destaque para uma reforma na taxação sobre o consumo. Para ela, é preciso aumentar a taxação das classes mais altas do País.
"Temos que garantir mais espaço para a classe média, fazer com que a classe média não possa pagar o imposto de renda", a solução para ela é "tirar dos mais pobres e cobrar dos mais ricos", a partir da taxação de lucros e dividendos dos mais ricos.
A candidata também foi indagada sobre propostas concretas e como vai implementar as promessas que tem feito desde que a campanha começou, em 16 de agosto, como por exemplo, acabar com o orçamento secreto.
Tebet disse que isso se dará por meio de "transparência" e que "vai abrir as contas do orçamento secreto".
"O orçamento está na mão do Congresso porque o governo não planeja nada." Mais à frente, ela prometeu determinar o fim dos sigilos de 100 anos que o presidente Jair Bolsonaro tem imposto a vários temas, entre eles, por exemplo, seu cartão de vacinação ou crachás de acesso emitidos em nome de seus filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro.
Dona da única candidatura 100% feminina - sua vice é a senadora Mara Gabrilli (PSDB) -, Tebet tem dito que vai colocar 50% de mulheres nos ministérios. Ao JN, ela também afirmou que, se eleita, a primeira coisa a fazer será pautar junto ao Congresso Nacional um projeto de lei que estabelece igualdade salarial entre homem e mulher.
A senadora tem focado sua campanha em questões sociais e prometeu em rede nacional criar um Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores informais que estão no Auxílio Brasil. "15% da renda que informal declarar será depositado na conta dele", disse.