'Se você teve êxito quando foi prefeito, agradeça a Bolsonaro', dispara Anderson Ferreira, referindo-se a Miguel Coelho

O ex-prefeito de Petrolina tem avançado sobre uma importante fatia do eleitorado do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, os evangélicos
Renata Monteiro
Publicado em 31/08/2022 às 17:30
Anderson Ferreira participou de sabatina na Rádio Jornal Caruaru na manhã desta quarta-feira (31) Foto: Hermes Costa Neto/Divulgação


Durante sabatina promovida pela Rádio Jornal Caruaru, o candidato do PL ao Governo de Pernambuco, Anderson Ferreira, além de apresentar algumas das suas propostas de campanha, teceu críticas duras aos seus adversários na corrida eleitoral deste ano, principalmente a Danilo Cabral (PSB), aliado do governador Paulo Câmara (PSB), e Miguel Coelho (União Brasil), que tem avançado sobre uma importante fatia do eleitorado do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, os evangélicos.

“O êxito do presidente Bolsonaro foi ajudar não só Jaboatão, mas Caruaru, Recife, Petrolina. E eu vi candidato dizer que Lula era 'patrimônio de Pernambuco', mas o pai foi líder do governo Bolsonaro e o presidente colocou mais de R$ 400 milhões na sua cidade. Se você teve êxito quando foi prefeito, agradeça ao presidente Bolsonaro, porque foi ele que ajudou você a fazer sua gestão, com a Codevasf fazendo até asfalto na sua cidade. Todo dia era pra você agradecer, mas ao contrário, você vai ovacionar Lula, que hoje é passado para Pernambuco”, declarou Anderson, sem citar nomes, mas referindo-se a Miguel.

Em março, ao se despedir da Prefeitura de Petrolina, Miguel criticou a nacionalização da disputa estadual, mas afirmou em entrevista que “Lula não é propriedade do PSB, nem muito menos candidato do PSB. Lula é patrimônio do Brasil, pela história que fez quando Presidente da República, pelas conquistas que fez, também quando presidente, para Pernambuco”, segundo matéria publicada pela Folha de Pernambuco, naquela ocasião. Hoje, o postulante a governador afirma que estará ao lado da senadora Soraya Thronicke (UB) no primeiro turno das eleições presidenciais.

As principais lideranças do PSB no Estado também foram alvo de Anderson durante a sabatina. “Não dá mais para fazer laboratório em Pernambuco. Eduardo (Campos) cometeu um erro, colocar Paulo Câmara e Geraldo Julio (na política), duas pessoas que não eram do ramo, que não tinham o cheiro do povo, não entendiam o povo, e o que aconteceu? Desastre no Recife e o pior governador da história de Pernambuco”, disparou.

Ao falar sobre possíveis soluções para os gargalos na saúde do Estado, Anderson mencionou que, se eleito, irá analisar a possibilidade de implantação de uma Parceria Público-Privada no setor, ação que ele já colocou em prática em Jaboatão, enquanto foi prefeito da cidade.

"Quando houve a pandemia, o impacto foi na saúde, mas também foi econômico e as pessoas deixaram de pagar plano de saúde. Houve uma superlotação nas unidades básicas de saúde e eu comecei a construir pontes, porque meus recursos diminuíram e a demanda cresceu. Como eu já tinha tido uma experiência exitosa na PPP da iluminação pública, me lembrei da ampliação que eu queria fazer na saúde. Chamei o Banco Mundial e o BNDES e falei da necessidade de ampliação, mas eles disseram que não existia um modelo como esse até aquele momento, foi quando eu decidi que seríamos os primeiros do Brasil", explicou o liberal.

"Hoje Jaboatão está realizando a primeira PPP de saúde do Brasil. O investimento é de R$ 750 milhões. E isso também pode ser feito no Estado de Pernambuco", completou Anderson Ferreira.

O candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro também declarou, na entrevista, que pretende convocar a BRK Ambiental para rediscutir o contrato da PPP do Saneamento Básico a fim de que a empresa cumpra o acordo firmado e apresente um cronograma efetivo de execução de obras.

"A Compesa se tornou um grande cabide de empregos que funciona em favor dos amigos do rei. Fui prefeito do Jaboatão dos Guararapes e, assim como os demais gestores públicos do estado, sofri na pele com o descaso e a inércia da companhia", garantiu Anderson, ao se referir à falta de diálogo da estatal para com as prefeituras, o que, segundo ele, resultou em cenário de ruas esburacadas e transtornos população.

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