A chapa da Frente Popular de Pernambuco, encabeçada pelo candidato a governador, o deputado federal Danilo Cabral (PSB), não tem poupado críticas a candidata a governadora pelo partido Solidariedade, Marília Arraes.
O chamado "time de Lula" tem partido para cima da adversária, que tem liderado as pesquisas de intenções de votos, citando desde suas ausências as debates realizado entre os candidatos ao Governo de Pernambuco, até provocações sobre sua atuação na Câmara dos Deputados e Municipal do Recife.
“Ser governador não é um emprego. Não é um projeto pessoal. Precisa ser convocado. Nós estamos nessa condição porque fomos convocados pelas forças que acreditam na Frente Popular”, asseverou Danilo Cabral, durante entrevista a uma rádio local.
-
Danilo Cabral reforça associação a Lula ao anunciar programa de renegociação de dívidas -
Danilo Cabral amplia ataques contra Marília Arraes, que não responde -
7 DE SETEMBRO: Veja onde Danilo Cabral e Marília Arraes podem "dividir palanque" no Dia da Independência -
Danilo Cabral liga metralhadora giratória contra Marília Arraes; saiba mais
“Tem gente aí que faz da política um projeto pessoal. Tem gente que, às vezes, está num partido, mas sua posição não é majoritária e sai, vai para outro partido", disse.
"No outro partido também não é majoritário e vai para outro. E fica pulando de galho em galho até tentar consolidar o seu projeto pessoal”, disparou Danilo, em referência a Marília Arraes, que saiu do PT para se candidatar ao Palácio do Campo das Princesas pelo Solidariedade.
“Infelizmente, tem gente aí que está disputando a eleição que passa num partido e faz uma arenga. Já eu, aprendi a juntar pessoas. É isso que quero fazer", completou.
"Quero juntar Pernambuco para fazer as transformações que o povo merece", acrescentou o socialista.
> Rodrigo Pinheiro diz que Paulo Câmara perdeu timing para eleger Danilo Cabral
Danilo Cabral também fez um alerta a população para a necessidade de comparar trajetórias, posicionamentos, pensamentos e projetos que cada candidato oferece a Pernambuco para os próximos anos.
“Quando você vota, está delegando aquilo que tem de mais valioso, que é a confiança, entregando a responsabilidade de embalar seus sonhos, o que quer de melhor para a sua vida, sua família, seu estado e País", falou Danilo.
"É necessário comparar cada um que se apresenta. O que cada um fez, falou, praticou e apontou de caminho para o futuro? Às vezes, um fala uma coisa, mas pratica outra”, disse.
“Lá na Câmara Federal, eu nunca votei contra o trabalhador. Eu votei contra a Reforma Trabalhista, eu fui contra a Reforma da Previdência, eu fui contra a PEC do Teto dos Gastos", ainda adicionou.
"Mas têm candidatos aí que cumpriram uma tarefa e o povo precisa saber como cada um se comportou. Às vezes, fala uma coisa, mas pratica outra”, apontou Danilo Cabral.
VEJA TAMBÉM: Com articulação de Marília, Maria Arraes assume vice-liderança do governo Lula na Câmara
VICE DE LUCIANO DISSE QUE MARÍLIA ESTÁ PRÓXIMA DO CENTRÃO
Em entrevista à Rádio Cidade, de Caruaru, nesta quinta-feira (8), a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) – candidata a vice na chapa de Danilo Cabral (PSB) – apontou que a postulante do Solidariedade, Marília Arraes, tem feito movimentos de afastamento do campo popular, indo na direção do Centrão.
“Na eleição de 2020, quem decidiu que Marília seria candidata foi a direção nacional do PT. Porque a estadual e a municipal tinham decidido que ela não seria", comentou.
"Mas, infelizmente, apesar disso, no mesmo ano, na eleição da mesa [diretora da Câmara], Marília não seguiu a orientação do PT nacional. Ela foi candidata avulsa para derrotar o candidato oficial do PT, para ser da mesa, aliada a Arthur Lira (PP), do Centrão”, afirmou Luciana.
No início do ano passado, Marília Arraes foi eleita segunda-secretária da Mesa da Câmara, ganhando a disputa no segundo turno contra o deputado João Daniel (PT), que foi indicado oficialmente pelo PT.
Para Luciana Santos, o episódio é considerado traição e que a chapa da qual a parlamentar possui hoje, com André de Paula (PSD), candidato ao Senado, e Sebastião Oliveira (Avante), candidato a vice, também estão ligados ao bloco do Centrão. Os dois, no entanto, integravam as gestões do PSB até o começo deste ano.
"É uma opção, um certo caminho, que você vai ali se posicionando (...) O que ela fez? Saiu do PT e foi para o Solidariedade, um partido que votou todas as questões com o bolsonarismo”, finalizou Luciana.
Vale ressaltar que apesar das críticas ao Solidariedade, o partido compõe a nível nacional a coligação do ex-presidente Lula.