Com Estadão Conteúdo
A jornalista Vera Magalhães foi hostilizada nos bastidores do debate da TV Cultura com candidatos a governador de São Paulo, nessa terça-feira (13).
Quem ofendeu Vera Magalhães, de forma truculenta, foi o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos).
Garcia foi ao debate como integrante da comitiva do candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo governo paulista, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O deputado estadual já tinha a intenção de encontrar Vera Magalhães no debate. Antes de comparecer ao evento, o parlamentar publicou uma imagem no Twitter questionando: "Será que a Vera Magalhães vem hoje?".
Douglas Garcia abordou Vera no final do debate e afirmou que ela era "uma vergonha para o jornalismo brasileiro", ecoando a fala de Bolsonaro no primeiro debate presidencial da campanha, na Band, em 28 de agosto.
- Após ataque de Bolsonaro, jornalistas mulheres saem em defesa de Vera Magalhães
- VÍDEO: VERA MAGALHÃES agredida por deputado bolsonarista Douglas Garcia durante debate para governador de São Paulo
- DEBATE VERA MAGALHÃES: Diretor da TV Cultura arremessa celular de deputado após ataque à jornalista Vera Magalhães
Em seguida, o deputado reproduziu uma falsa notícia sobre a remuneração anual de Vera na TV Cultura.
"Não tenho medo de homem que ameaça e intimida mulher", escreveu Vera Magalhães, no Twitter. Ela afirmou que precisou sair escoltada por seguranças do Memorial da América Latina - local onde aconteceu o debate - e adicionou que irá registrar um boletim de ocorrência pela ameaça sofrida.
"Um país que condescendendo com esse tipo de ameaça à imprensa não é uma democracia plena. Basta!", adicionou a jornalista.
Separados por um segurança, Douglas Garcia continuou repetindo ataques a Vera Magalhães até ter o telefone celular tomado pelo diretor de redação da TV Cultura, Leão Serva.
Outro caso
Não é o primeiro ataque de Garcia a Vera. Em 2020, ele e o também deputado estadual paulista Gil Diniz, conhecido como Carteiro Reaça (PL) acusaram a jornalista, no plenário da Assembleia Legislativa paulista, de receber R$ 500 mil por ano da Fundação Padre Anchieta, que gere a TV Cultura, para atacar Bolsonaro.