O candidato a governador de Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral (PSB), rebateu as acusações feitas por sua adversária, a candidata a governadora Marília Arraes (Solidariedade), sobre o suposto uso da máquina pública para a sua campanha.
Por meio de nota, enviada pela equipe de campanha do parlamentar socialista, Danilo Cabral afirmou "desconhecer a origem do documento", que indicaria a convocação de 3 mil "voluntários", alocados nas secretarias estadual e municipal, para atuarem nas zonas eleitorais do Recife no dia 2 de outubro.
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"Sobre o documento, a Frente Popular desconhece a origem e reforça que sempre cumpriu a Legislação Eleitoral e seguirá cumprindo. A campanha, desde o início do processo eleitoral, recebe de militantes e eleitores sugestões de atuação, sem a obrigatoriedade de acatá-las. A Frente Popular rechaça qualquer tentativa desesperada de ataque e maculação da campanha", destacou a nota.
O posicionamento de Danilo Cabral, veio logo após a publicação de que a coordenação jurídica da chapa Pernambuco na Veia, formada pela candidata Marília Arraes (SD), o candidato ao Senado, André de Paula (PSD), e o candidato a vice, Sebastião Oliveira (Avante), havia impetrado com uma representação no Ministério Público Eleitoral (MPE), nesta sexta-feira (23).
De acordo com os advogados de Marília Arraes, com base no vazamento de uma planilha, denominada de "Dia D", secretários do Governo de Pernambuco, da Prefeitura do Recife, e presidentes de estatais estariam disponibilizando o quantitativo de comissionados para atuarem no dia da eleição, fazendo uma mobilização a favor da campanha de Danilo Cabral.
“Nos documentos revelados pela imprensa há a intenção explícita de utilização da máquina pública estadual e municipal para favorecimento da candidatura de Danilo Cabral, com convocação de ocupantes de cargos comissionados ou terceirizados, o que configura violações do princípio da isonomia e da normalidade e legitimidade do pleito”, explicou o coordenador jurídico da coligação Pernambuco na Veia, Walber Agra.
Os advogados de Marília Arraes afirmaram na representação que servidores vinculados à Secretaria de Educação e à Junta Comercial de Pernambuco estariam sendo ameaçados de exoneração por se negarem a participar da convocação.
Eles pediram ao Ministério Público Eleitoral a abertura de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral para reprimir a prática de abuso de poder político e captação ilícita de votos. Além disso, também solicitaram a instauração de inquérito policial e consequente deflagração de Ação Penal contra os responsáveis pelas práticas ilícitas.