Um dia após a campanha de Marília Arraes (Solidariedade) buscar o Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitando a apuração do suposto uso da máquina pública do Estado e da Prefeitura do Recife para beneficiar a candidatura de Danilo Cabral (PSB), a coordenação jurídica de Raquel Lyra (PSDB) afirmou que também deu entrada em uma representação junto ao MPE pelo mesmo motivo. O objetivo da tucana é que o órgão investigue se houve o cometimento de crime eleitoral pela Frente Popular.
Na última sexta-feira (23), um suposto esquema para utilizar servidores municipais e estaduais no dia das eleições em favor de Danilo vazou. A mobilização teria sido orquestrada pela Frente Popular, mas a campanha do deputado federal nega.
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"Desde que a lista foi divulgada na imprensa entramos em contato com as autoridades competentes. A apuração deste possível esquema, que revela a divisão de 'voluntários' que ocupam cargos comissionados para atuar na campanha do candidato governista deve ser rigorosa e exemplar", o advogado Yuri Coriolano, da coordenação jurídica da coligação Pernambuco quer Mudar, de Raquel Lyra.
A planilha, que cita inclusive nomes do primeiro escalão da gestão do governador Paulo Câmara (PSB), mostrava a divisão de tarefas para o dia do primeiro turno entre ocupantes de cargos comissionados. Segundo os advogados de Raquel, a representação também é dirigida a Paulo Câmara e ao prefeito do Recife, João Campos.
OUTRO LADO
Ontem, por nota, Danilo negou todas as acusações feitas contra ele e disse "desconhecer a origem do documento" que passou a circular no Estado. A declaração foi feita por nota, que também diz que "a Frente Popular rechaça qualquer tentativa desesperada de ataque e maculação da campanha".