A candidata a governadora de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade) apresentou, nesta terça-feira (25), junto ao Ministério Público Eleitoral (MPE) uma notícia-crime contra a sua adversária neste segundo turno, Raquel Lyra (PSDB).
De acordo com com a equipe jurídica da deputada federal, Raquel Lyra teria imputado falsamente a Marília os crimes de calúnia, injúria e difamação em interpelação judicial ajuizada na manhã de hoje sobre peças publicitárias em que a responsabilidade da tucana sobre as rebeliões e mortes em unidades da Funase é questionada.
Ainda segundo a defesa de Marília Arraes, também é requerido a instalação de inquérito policial sobre o caso. Eles alegam que a candidata do PSDB quer cercear a liberdade de expressão de Marília Arraes, uma vez que as falas feita por ela sobre o caso Funase não configurariam crime de qualquer natureza, por se referirem a um caso amplamente divulgado pela imprensa.
Na notícia-crime também é destacado que existem falas da própria Raquel Lyra, a respeito das péssimas condições das unidades de Abreu e Lima e do Cabo de Santo Agostinho e que “a estrutura do sistema de socioatendimento aos jovens infratores ainda é falho no Estado”
Os advogados também apontam que a campanha de Raquel tentou, ao provocar a Justiça, criar um fato político - inclusive já explorado nas redes sociais da candidata tucana. A interpelação judicial foi ajuizada “às 11h06 desta terça 25 de outubro para servir como fato político a ser utilizado por ocasião do debate promovido neste mesmo dia pela TV Jornal”.
Nos debates realizados neste segundo turno, Marília Arraes tem trazido à tona os casos sobre as rebeliões que ocorreram na época em que Raquel Lyra foi secretária estadual da Criança e da Juventude, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012, e que resultaram em sete mortes .
A candidata a governadora Raquel Lyra entrou, na manhã desta terça-feira, com uma representação criminal contra a sua adversária Marília Arraes, pelas falas a respeito das mortes que ocorreram na Funase. Nessa época, a ex-prefeita de Caruaru era secretária estadual da Criança e da Juventude. "Assino uma representação criminal contra Marília Arraes. Infelizmente, ela entrou no vale tudo eleitoral, fazendo acusações inverídicas contra minha honra, minha pessoa, imputando a mim responsabilidade que nunca existiu", disse Raquel, que participou do debate da TV Jornal. De acordo com a equipe jurídica de Raquel Lyra, "A interpelada difama e acusa caluniosamente a interpelante de ter implementado um período de terror, o que em tese seria crime tipificado no Código Penal Brasileiro e em legislação penal especial, atentando contra a sua honra, dignidade e ilibada reputação".