Com Estadão Conteúdo
Agremiação de Jair Bolsonaro, o Partido Liberal (PL) reafirmou lealdade ao presidente derrotado no segundo turno e se posicionou formalmente na oposição ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-deputado Valdemar Costa Neto fez sua primeira entrevista coletiva, após 10 anos, nesta terça-feira (8). Ele é ex-aliado do PT e chegou a ser preso como um dos ícones do escândalo do mensalão.
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Costa Neto não foi assertivo quando questionado sobre reconhecer o resultado das eleições 2022, que sagraram Lula vencedor.
"Vamos ter que esperar o resultado das urnas amanhã, nós temos diversos questionamentos que fizemos ao TSE, vamos esperar essas respostas", disse Costa Neto.
Impulsionado pelo desempenho do bolsonarismo no primeiro turno das eleições, o PL conquistou as maiores bancadas do Congresso Nacional, com 99 deputados e 14 senadores (6 escolhidos em 2022) Segundo parlamentares da legenda e líderes bolsonaristas, o movimento da sigla faz parte de uma estratégia para tentar frear o assédio de petistas à bancada da sigla na Câmara no momento em que Lula se aproxima do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que já planeja sua campanha à reeleição à frente da Câmara.
Costa Neto disse que Bolsonaro será o candidato a presidente pelo partido em 2026 e confirmou que o PL continuará na oposição. "O PL não renunciará às suas bandeiras e ideais. Será oposição aos valores comunistas e socialistas, será oposição ao futuro presidente. O Partido Liberal seguirá mais forte do que nunca na busca pela construção de uma nação unida", disse.
Ao responder perguntas dos jornalistas, Valdemar afirmou que convidou Bolsonaro para ser presidente de honra do PL. “Nós queremos que ele comande o nosso partido, queremos o Bolsonaro à frente, nessa luta que ele construiu para levar o nosso partido a um patamar mais importante”, ressaltou.
PRONUNCIAMENTO DE BOLSONARO
Nas redes sociais, bolsonaristas, a exemplo do deputado federal eleito André Fernandes (PL-CE), têm levantado a possibilidade de haver um pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro após o anúncio das Forças Armadas.
O JC procurou a assessoria do PL, que disse não haver nenhuma coletiva organizada por parte do partido.
A reportagem também tentou confirmação por meio da Secom, mas não obteve resposta.