Eleições 2022

CARLA ZAMBELLI entregou documentos fraudados ao TSE, diz jornal; confira os detalhes

A pena para esse tipo de crime é de cinco anos de prisão e, caso ela seja condenada, pode perder o mandato e tornar-se inelegível.

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Jones Johnson

Publicado em 26/05/2023 às 21:07 | Atualizado em 26/05/2023 às 22:50
Carla Zambelli responde a cinco Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) - GUSTAVO SALES/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Nesta sexta-feira (26), a deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP) prestou contas à Justiça Eleitoral com documentos que continham assinaturas falsificadas.

Segundo o site Metrópoles, o Tribunal Superior Eleitoral vê indícios graves de fraude que podem levar à perda do mandato da deputada, além de responder um processo criminal.

A pena para esse tipo de crime é de cinco anos de prisão e, caso ela seja condenada, pode perder o mandato e tornar-se inelegível.

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ASSINATURA FALSA EM DOCUMENTO

Segundo a apuração realizada, os documentos que foram entregues pela deputada para comprovar os serviços prestados durante as eleições de 2022 incluem o nome de Roberto Habermann, comerciante residente no interior de São Paulo que afirma nunca ter trabalhado durante a campanha.

A assinatura que aparece nos papéis com o nome do comerciante foram falsificadas. Além do nome do comerciante, há, também, uma lista de doadores da campanha e as despesas durante o período eleitoral.

Roberto aparece como tendo doado o valor de R$ 870 à campanha de Zambelli sob a alegação de "prestação de serviços". 

Habermann é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas afirma que a assinatura não é sua e que "lhe causou estranheza" ter visto seu nome no documento:

“Vi meu nome como doador e aquilo me causou estranheza. Não tenho nada contra a Zambelli, gosto dela. Mas achei estranho colocar meu nome sem me notificar, sem me avisar. (…) Nunca trabalhei para essa moça, nunca participei de nenhuma carreata, bandeiraço, nada. Não tenho nenhum vínculo”, disse.

Segundo ele, seu nome pode ter sido incluso em listas durante reuniões entre bolsonaristas, cujo secretário parlamentar de Carla Zambelli, Camilo Calandreli, coletava nomes dos apoiadores do ex-presidente.

“Meu nome foi jogado num lugar, numa vala, que eu não conheço”, diz Roberto Habermann.

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DEFESA DE ZAMBELLI

Por meio de nota enviada ao jornal, a assessoria da deputada afirmou que os documentos "foram preenchidos e assinados pelos próprios voluntários, no momendo das ações".

Também informaram que o evento onde Roberto Habermann participou foi realizado no dia 2 de setembro de 2022 onde "foram prestados serviços voluntários de campanha".

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