O candidato à Prefeitura do Recife Gilson Machado (PL) participou de sabatina na TV Tribuna, nesta sexta-feira (23). Entre os temas debatidos, Gilson fez críticas a atual gestão e elencou propostas para requalificar o Centro, potencializar o Turismo e a geração de empregos na cidade.
Ex-ministro do Turismo do Governo Federal, na gestão de Jair Bolsonaro, Gilson propõe um foco no Turismo como peça chave da geração de empregos na cidade.
“Que cidades no Brasil tem o que Recife tem? Recife tem condição de ser a capital nordestina do Turismo de eventos, que perdemos hoje para Fortaleza e Maceió”, disse Gilson.
Recuperação do Centro
O candidato do PL tem como projeto uma renovação do Centro do Recife, iniciando por uma diminuição da carga tributária dos comerciantes e moradores do Centro, ou, segundo ele, “dos que ali restam”.
Também é proposta de Gilson um programa de moradias para funcionários públicos de diferentes esferas, como também para funcionários do setor privado que trabalhem no Centro, além de trazer o centro administrativo dessas esferas para a zona Central da cidade.
Além disso, Gilson também prometeu diminuir o que chama de “indústria da multa”, alegando a incidência de multas pesadas aplicadas pela Companhia de Tráfego e Trânsito Urbano (CTTU), nas áreas de Zona Azul.
Saúde
Perguntado sobre centros terapêuticos para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Gilson aproveitou para criticar os gastos da atual gestão, comparando com falhas em equipamentos da saúde.
“Para isso, tem que ter recursos. Para ter recursos, tem que priorizar ações da prefeitura que hoje não são priorizadas. Por exemplo, enquanto se gasta R$ 100 milhões por ano em propaganda, falta um gerador em um hospital que custa R$ 200 mil. Enquanto você gasta R$ 600 mil em um cachê de um artista de fora, falta papel higiênico em recepção de hospital”, disse.
Gilson também prometeu que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da cidade vão funcionar 24 horas por dia.
“Prometo aqui que vou arrancar a porta das UPAs, vai ser 24h aberto por dia, porque a saúde do Recife, só esse ano, vai receber em torno de R$ 2 bilhões. Então nós vamos ter a saúde para o cidadão”, disse.
População de rua
O candidato do PL diz ter identificado mais de 2 mil pessoas em situação de rua no Recife e pretende buscar apoio da Igreja Católica e Evangélica, para reinserção e acolhimento, além de propor reforço aos Centros Pop.
“A pracinha do Diário está em estado de Walking Dead. E nós vamos acolher essas pessoas e reintegrar elas novamente na cidade”, afirmou.
Gilson aproveitou para atacar o atual prefeito João Campos (PSB), destacando a população de rua tem migrado para outros bairros, mas que não está na área onde vive o candidato à reeleição.
“Vemos que esse pessoal migrou de alguns locais para Boa Viagem, Setúbal. Mas só não está mesmo no local onde o prefeito mora, no Poço da Panela, no caminho dele para a Prefeitura não tem, não sei porquê”, pontuou.
“Queria dizer que o morador de rua ele pode, sim, um dia, chegar a ser presidente da República. São pessoas que foram desassistidas. Agora, o morador de rua ele não tem CPF, não vota, então isso talvez não interesse às pessoas que hoje precisam do voto, diferente de mim e do nosso eixo de gestão”, completou.
Turismo
Gilson elencou qualidades do Recife, destacando o potencial turístico da cidade e prometeu aumentar investimentos em segurança, utilizar inteligência artificial e melhorias na iluminação pública, além da retomada do centro com comércio, bares e teatros.
“Falta é vontade política, porque depois de 12 anos de gestão do PSB, da turma do Geraldo Júlio, Paulo Câmara, João Campos, o emprego não foi prioridade”, criticou.
“Os empresários fizeram a parte deles, com o Novotel, mas nem a ponte giratória terminaram, que já eram pra ter terminado há mais de 100 dias. Infelizmente, o hóspede que chega no hotel, ele não consegue ir a pé conhecer a Rua do Bom Jesus, uma distância de menos de 800 metros”, complementou.
Gilson encerrou sua participação com novas críticas à gestão municipal, enfatizando que não será um prefeito de “obras não-executáveis”, enfatizando a entrega do Parque da Tamarineira, que segundo ele, “não estava pronto”, além de apresentar um laudo indicando presença de coliformes fecais e a bactéria Escherichia coli na água da fonte do parque.