ARCO-ÍRIS

Olimpíada de Tóquio será lembrada pela visibilidade que têm alcançado atletas LGBTQIA+

Douglas Souza, assumidamente gay e fora do padrão heteronormativo, é um dos principais representantes do País

Cadastrado por

Romero Rafael

Publicado em 06/08/2021 às 18:15 | Atualizado em 07/08/2021 às 0:12
Atleta da seleção brasileira de vôlei, Douglas Souza milita pela causa LGBTQIA+ - Gaspar Nóbrega/COB

Levantamento feito pela página norte-americana Outsports, que é especializada em informações sobre pessoas LGBTQIA+ no mundo dos esportes, calculou que, pelo menos, 180 atletas que participam das Olimpíadas de Tóquio são assumidamente LGBTQIA+. Esse número é mais do que o triplo da quantidade nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Nesta sexta-feira (6), a propósito, jogando pela seleção de futebol feminino do Canadá, Quinn fez história ao ganhar ouro, tornando-se a primeira pessoa trans não-binária a conquistar uma medalha nas Olimpíadas.

Já a halterofilista neozelandesa Laurel Hubbard, mulher trans, foi a primeira pessoa trans a disputar numa Olimpíada, nesta de Tóquio. "Gostaria de agradecer especialmente ao COI [Comitê Olímpico Internacional] por ratificar seu compromisso com os princípios do olimpismo e estabelecer que o esporte é algo para todas as pessoas, que é inclusivo e acessível", disse a atleta.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu em 2004 que atletas trans competissem. No entanto, nas Olimpíadas de 2016, no Rio, havia nenhum.

No vôlei masculino do Brasil, Douglas Souza também faz história, sendo um dos atletas que mais representa o País em Tóquio. Ele é não somente um atleta gay assumido, mas um atleta gay assumido que transita fora da hetenormatividade, padrão que impõe a um homem apenas códigos e comportamentos de uma masculinidade considerada viril.

Ouro nos saltos ornamentais, o britânico Tom Daley - que viralizou ao ser filmado fazendo tricô na arquibancada - falou, na vitória, algo de se emocionar: "Estou muito orgulhoso de dizer que sou um homem gay... E também um campeão olímpico! Quando eu era mais jovem, pensava que não iria conseguir nada por ser quem eu era".

Já na cerimônia de abertura, a atleta polonesa Aleksandra Jarmolinska, do tiro, desfilou com uma máscara de arco-íris, que simboliza a comunidade LGBTQUIA+.

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