A série documental 'Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez' chamou a atenção do público para um crime cruel cometido por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz.
A atriz foi morta após as gravações da novela "De Corpo e Alma" (1992). A intenção de Glória ao abrir o acervo para a HBO Max foi contar a história da maneira que ainda não tinha sido noticiada.
Mostrando fotos explícitas do corpo de Daniella, a intenção era chocar quem assistisse pela gravidade da situação.
Glória Perez teme a vida por morar próximo de Paula
No último episódio, ela diz que acredita na ressocialização dos presos, mas o caso de Guilherme e Pádua é diferente.
"O primeiro passo para a mudança é o arrependimento. Isso eu já sei. Mas esses dois... Em psicopatas, eu nunca vi. Nos dois assassinos da minha filha, eu nunca vi", disse.
A prima de Daniella, Barba Ferrante, também concorda e diz que Paula tem uma obsessão pela vítima.
"Ela saiu do presídio e o que ela foi fazer? Foi estudar Direito na mesma faculdade onde a Dani estudou e o irmão dela, Rodrigo, se formou".
Glória confirmou que mora no mesmo bairro de Paula, e disse que foi "poupada por Deus" para não encontrar a assassina da filha.
"O que ela (Paula Thomaz) quer? Isso me assusta. Eu não sei. Eu sei do que essa mulher é capaz. Ela matou a minha filha. Quem sabe se o punhal dela não está guardado para mim, não sei", disse indignada.
O que aconteceu com Daniella Perez?
Após as gravações da novela "De Corpo e Alma", em dezembro de 1992, Daniella teve o carro fechado por Guilherme em um posto de gasolina.
O homem saiu do veículo e deu um soco no rosto da atriz, que caiu desacordada. Paula estava no carro dele e os dois seguiram para um terreno baldio, na Barra da Tijuca.
Lá, eles deram 18 golpes de punhal na vítima, que teve perfurações no coração, pescoço e pulmão. Após o crime, Guilherme foi até a Delegacia prestar apoio a Raul Gazolla, então marido de Daniella.
A Polícia pressionou e ele acabou confessando o crime, e tirando a responsabilidade de Paula. O motivo foi ganância: ele queria a amizade da atriz para ter vantagens na novela.
Quando percebeu que o personagem ficou sem aparecer em dois capítulos, ele desconfiou que estava sendo boicotado pela autora.
Guilherme e Paula foram condenados em 19 e 18 anos, respectivamente. Mas ambos só cumpriram 6 anos da pena e foram soltos em 1999.