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Rússia ameaça multar Facebook por não remover conteúdo 'ilegal'

O Facebook já foi condenado a pagar multas na Rússia por diversas violações, segundo a mídia russa, mas estas somas seriam menores se comparadas com as potenciais multas que agora ameaçam a rede social

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AFP

Publicado em 05/10/2021 às 15:30
A empresa arrecadou US $ 84 bilhões em 2020, principalmente com publicidade - Pixabay

A Rússia ameaçou, nesta terça-feira (5), o Facebook com multas milionárias, depois que a empresa ignorou os pedidos para remover conteúdos considerados "ilegais", em um novo capítulo da tensão entre Moscou e os gigantes da internet.

Em um comunicado, o serviço federal de vigilância das telecomunicações da Rússia, Roskomnadzor, afirmou que o valor das multas poderia variar "entre 5% e 10% da receita" anual da empresa americana na Rússia.

Segundo o jornal econômico russo Vedomosti, o Facebook fatura dezenas de bilhões de rublos por ano na Rússia, o que equivale a centenas de milhões de dólares.

O Roskomnadzor informou que acionou o Facebook na Justiça depois que a empresa se recusou, em várias oportunidades, a eliminar informações "perigosas" publicadas em sua rede e também no Instagram, que pertence ao grupo americano.

Além disso, o órgão estatal detalhou que caberá à Justiça russa determinar o montante exato da multa.

O Facebook já foi condenado a pagar multas na Rússia por diversas violações, segundo a mídia russa, mas estas somas seriam menores se comparadas com as potenciais multas que agora ameaçam a rede social, de acordo com o Roskomnadzor.

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A Rússia costuma punir com frequência as grandes empresas digitais, acusadas de não eliminarem conteúdos que fazem apologia às drogas, ao suicídio, ou relacionados com a oposição.

No mês passado, Moscou obrigou Apple e Google a retirarem de suas lojas virtuais na Rússia um aplicativo idealizado pelo opositor russo preso Alexei Navalny, pouco antes das eleições legislativas.

A Rússia nega as acusações de que tem a intenção de elaborar uma rede nacional sob o seu controle, como ocorre na China, mas este é justamente o temor de ONGs, ativistas e opositores.

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