Da Estadão Conteúdo e AFP
O passarinho azul está oficialmente na gaiola do homem mais rico do mundo. O Twitter anunciou nesta segunda-feira (25) que aceitou a oferta do bilionário Elon Musk. A empresa foi vendida por US$ 44 bilhões, com cada ação avaliada a US$ 54,20. O conselho da rede social aprovou por unanimidade a compra, que será concluída ao longo de 2022.,
Segundo Bret Taylor, presidente do conselho independente do Twitter, um dos pontos considerados para a venda da empresa foi o impacto nas ações para os acionistas. "O conselho do Twitter conduziu um processo cuidadoso e abrangente para avaliar a proposta de Elon com foco deliberado em valor, certeza e financiamento. A transação proposta proporcionará um prêmio em dinheiro substancial e acreditamos que é o melhor caminho a seguir para os acionistas do Twitter."
Com o anúncio do negócio, Musk se manifestou oficialmente e repetiu o refrão sobre liberdade de expressão. "Liberdade de expressão é o seio de qualquer democracia funcional, e o Twitter é a praça digital em que tudo que importa para a humanidade é debatido", disse Musk.
"Eu também quero transformar o Twitter em algo melhor do que nunca ao melhorar os produtos com novos recursos, tornando os algoritmos em código aberto para melhorar confiança, atacando robôs de spam e autenticando todos os humanos. O Twitter tem imenso potencial - e eu estou ansioso para trabalhar com a companhia e a comunidade usuários para destravar isso", acrescentou.
Nesta segunda, Musk já havia tocado no assunto com a seguinte mensagem: "Espero que mesmo as minhas piores críticas continuem no Twitter, porque isso é o que liberdade de expressão significa".
Antes da confirmação da notícia, a negociação das ações do Twitter em Wall Street foi suspensa até a confirmação da venda da empresa. Cada ação havia valorizado mais de 5,5% em relação ao fechamento de sexta-feira. Ao fim do dia, a valorização foi de 5,66%.
Esta operação é uma reviravolta dramática, após o Twitter anunciar há dez dias que preparava uma manobra conhecida como "pílula de veneno" para dificultar a oferta de aquisição (OPA) hostil de Musk.
Antes do anúncio, Musk tuitou: "Espero que até meus piores críticos continuem no Twitter, porque isso é o que liberdade de expressão significa".
Musk disse na semana passada que havia juntado US$ 46,5 bilhões para realizar a compra, graças a dois empréstimos bancários da Morgan Stanley, mas também à sua fortuna pessoal, com uma contribuição de US$ 21 bilhões.
O bilionário também considerou lançar uma oferta de aquisição hostil diretamente por meio de acionistas, para evitar o então relutante conselho de administração da empresa.
Finalmente, a compra foi concretizada nesta segunda-feira antes do fechamento do mercado.
O que muda no Twitter?
O Twitter ainda não informou se há alterações previstas nas políticas da rede após venda a Musk.
Com mais de 82 milhões de seguidores, o homem mais rico do mundo usa sua conta no Twitter quase diariamente para dar notícias sobre suas empresas, fazer piadas e lançar provocações. Musk prometeu transformar a rede social para convertê-la "na plataforma da liberdade de expressão em todo o mundo".
"Liberdade de expressão é o seio de qualquer democracia funcional, e o Twitter é a praça digital em que tudo que importa para a humanidade é debatido", disse Musk no anúncio da compra.
"Eu também quero transformar o Twitter em algo melhor do que nunca ao melhorar os produtos com novos recursos, tornando os algoritmos em código aberto para melhorar confiança, atacando robôs de spam e autenticando todos os humanos. O Twitter tem imenso potencial - e eu estou ansioso para trabalhar com a companhia e a comunidade usuários para destravar isso", acrescentou.
Na prática, a aquisição de Musk pode alterar as regras de controle de desinformação da plataforma. Hoje o Twitter coíbe, por exemplo, a propagação de informações enganosas sobre a covid-19 ou publicações que manipulam ou interfiram no processo eleitoral.
Musk também pode tentar tornar o Twitter mais lucrativo e aumentar o número de usuários da rede. Ele já sugeriu mudanças na fórmula de assinatura paga da rede social Twitter Blue.