Em uma das transições mais comentadas dos últimos anos, o bilionário sul-africano Elon Musk anunciou a compra do Twitter por 44 bilhões de dólares nesta segunda-feira (25). O empresário, que é dono da Tesla, fez algumas declarações polêmicas em torno da rede social - gerando preocupações em entidades, organizações e personas que lidam com conteúdo. A principal delas é em torno do conteúdo veiculado no Twitter, que vem investindo nos últimos anos em um reforço contra a desinformação.
No último dia 26 de março, quando já havia divulgado que ele tinha comprado ações na empresa, Musk citou criar uma nova rede social. Em resposta a um usuário que o questionou se ele fundaria uma nova companhia que colocasse como prioridade a liberdade de expressão e código aberto, Musk respondeu que estava "pensando seriamente nisso".
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"A liberdade de expressão é a base de uma democracia que funciona, e o Twitter é a praça pública digital onde os temas vitais para o futuro da humanidade são debatidos", declarou Musk, já após a compra da plataforma.
Confira detalhes da negociação
Não é de hoje que ele deu outras opiniões polêmicas. Uma delas foi em 2018, em que ele acusou o mergulhador britânico Vermon Unsworth de "estuprador de crianças". O mergulhador havia auxiliado na operação de resgate dos 12 meninos presos em uma caverna na Tailândia. No mesmo ano, ele se retratou e retirou os tuites da rede social.
A grande preocupação das organizações é quanto ao impacto da rede social na cultura atual. O controle de Musk pode alterar as atuais regras de combate à desinformação na plataforma. Assim como as outras plataformas, o Twitter tem agido para suspender contas que incitem discursos de ódio, violência e prejuízo informacional - como em processos eleitorais e covid-19, por exemplo.
O influenciador digital Felipe Neto fez uma série de comentários em torno das possibilidades da nova gerência por Musk. Em uma delas, Neto cita como o empresário irá lidar com a "liberdade de expressão.
"Agora, analisando como alguém que luta pela educação digital, tenho pânico em pensar o que Musk fará em nome da tal "liberdade de expressão acima de tudo". Esse é o ponto crucial. Quantos passos pAra trás será qUE o Twitter pode dar nesse tema? Eu acredito que muitos", apontou Neto.
Bolsonaristas reagem
Quanto à "liberdade de expressão" propagada por Elon Musk, bolsonaristas comemoram a compra pelo bilionário. Bolsonaro chegou a compartilhar o tuíte "Espero que mesmo os meus piores críticos continuem no Twitter, porque isso é o que liberdade de expressão significa", publicado por Musk.
"A compra do @Twitter por @elonmusk é um importante passo na luta pelas liberdades. Os globalistas estão em cólicas", comentou a deputada federal Bia Kicis (PL) na rede social.