Bruno Moraes, o General, volta ao Santa Cruz sob uma responsabilidade tremenda. Com o aval do técnico Roberto Fernandes, o atacante desembarca no clube com a responsabilidade de resolver a seca de gols do Tricolor. Já chega nessa pilha. Até porque, o time está à beira do rebaixamento à Série C. A confiança em Bruno é fruto do que ele fez no passado. Nos anos de 2015 e 2016, jogou 59 partidas. Marcou 20 gols. No primeiro ano, ajudou e muito no acesso à Série A e nas conquistas do Campeonato Pernambucano e Nordestão no ano seguinte. Hoje, o momento é diferente.
A responsabilidade que Bruno Moraes assumiu ao voltar para o Santa Cruz não é uma novidade. Vez por outra, o Tricolor traz um atacante para tentar resolver a seca de gols. E, na maioria das vezes, resolve a parada. Um deles foi o experiente Washington, ídolo do Fluminense. O atacante desembarcou no Arruda em meio ao Campeonato Pernambucano 1993. O Tricolor precisava de uma reviravolta e Washington foi a peça chave para isso.
O atacante estava em baixa desde que deixou o Guarani-SP, em 89, onde marcou 14 gols em 25 partidas. Antes de vestir a camisa do Santa Cruz, estava defendendo o Desportiva-ES em duas temporadas, jogando apenas três partidas e marcando dois gols. A diretoria do Santa Cruz o contratou pela sua história no Fluminense. Entre os anos de 83 e 88, 118 partidas e 44 gols. No Arruda, o homem estava inspirado. No Pernambucano de 1993, atuou apenas em 14 partidas. Marcou 23 gols. E o Santa Cruz foi campeão estadual. Em 1994, 10 jogos e 11 gols. Virou ídolo!
Outro que também não temeu a responsabilidade foi Marcelo Ramos. Ele brilhou nos anos 90 e 2000 pelo Bahia, Cruzeiro e São Paulo. Mas quando chegou pela primeira vez no Santa Cruz, em 2007, estava esquecido no Atlético do Equador. No Tricolor reencontrou o caminho dos gols. Marcou 11 nas 18 partidas que disputou pelo Tricolor. Ramos estava fazendo história. Faltava apenas um gol para chegar a marca pessoal de 400 gols na carreira, quando foi contratado pelo Athlético-PR em meio à disputa da Série B. Mas a saudade pesou. A necessidade do Santa Cruz ter um artilheiro também. E em 2009, ele estava de volta. Ramos chegou o peso de ídolo. E não decepcionou. Marcou 18 gols em 19 jogos. Mas só atuou o Pernambucano. Trocou o Tricolor pelo Ipatinga.
O último grande herói do Santa Cruz é o ídolo Grafite. A sua primeira passagem, não foi lá essas coisas. Vindo da Matonense, em 2001, era um desconhecido. Balançou as redes apenas cinco vezes. Foi embora e não deixou saudades. Depois de rodar o mundo e chegar até a seleção brasileira, Grafite voltou com status de ídolo. Não foi para salvar, mas sim para ser a referência, o "cara". Desembarcou de helicóptero, literalmente, no centro do gramado do Arruda. A sua estreia contra o Botafogo foi com direito a ação de marketing e uma festa tremenda da torcida. Grafite marcou o gol da vitória, por 1x0. Nos anos de 2015 e 2016, foram 71 jogos e 31 gols. Foi campeão estadual e do Nordeste, ao lado do General Bruno Morais.
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É claro que nessas listas, sempre alguém vai lembrar de algum nome não citado no texto. O Santa Cruz teve muitos artilheiros em sua história. Mas poucos chegaram sob a expectativa de resolver a parada. Bruno Moraes terá uma bronca ainda maior. Afinal, ele é o 41º reforço. A Série C já está na reta final, o time não tem identidade. Vai ter que ser na base da raça e com ajuda divina para o Moraes brilhar e o Tricolor se salvar. Assim seja...