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REFORMAS NA ILHA DO RETIRO

Troca de cadeiras, melhorias nos banheiros, pintura e mais: VP de patrimônio do Sport detalha reforma necessária na Ilha do Retiro

Em entrevista exclusiva ao Blog do Torcedor, o vice-presidente de patrimônio do Leão, Fortunato Russo Neto, deu detalhes sobre a reforma necessária que o estádio precisa

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Lucas Holanda

Publicado em 07/09/2021 às 10:04 | Atualizado em 07/09/2021 às 10:05
Ilha do Retiro necessita de reformas. - ARNALDO CARVALHO/ACERVO JC IMAGEM

Senhora de 84 anos, a Ilha do Retiro, casa do Sport, precisa de reformas. E o clube está planejando realizar uma melhoria no estádio o quanto antes, sobretudo porque o debate da volta do público fica cada vez mais forte e, no momento, o local não tem condições mínimas de receber um jogo com torcida. Em entrevista exclusiva ao Blog do Torcedor, o vice-presidente de patrimônio do Leão, Fortunato Russo Neto, deu detalhes sobre a reforma necessária que o estádio precisa. 



No momento, segundo o VP de patrimônio, o Leão elencou algumas prioridades para a reforma. Uma delas, claro, são os banheiros da Ilha, onde alguns estão sem qualquer condição de uso, de acordo com Fortunato Russo. No total, são 32 toaletes presentes no estádio, porem nem todos apresentam as mesmas condições. O custo para a reforma, aliás, é em torno de R$ 500 mil. 

"Vamos começar pelos que estão ruins. Nos outros que estão para usar, precisamos de reformas menores, como trocar lâmpadas, uma tubulação. São 32 banheiros considerando todas as áreas do estádio e está girando em torno de R$ 500 mil. A gente consegue reduzir este número porque o Sport já tem muito material, além patrocínios, inclusive de gestões anteriores. Conseguimos o patrocínio de cerâmica, agora estamos tentando o de argamassa. Começamos negociações com fornecedores de tubulações e materiais elétricos", afirmou Fortunato.

Outra prioridade é a troca de cadeiras que ficam no centro do estádio. De acordo com Fortunato, são cerca de 5300 lugares no setor, que representam um custo de aproximadamente R$ 3 milhões. "O projeto já está sendo feito, entramos em contato com a empresa fornecedora para as cadeiras novas. A gente já tem mais ou menos a ideia de orçamento, é uma coisa que vai beirar R$ 3 milhões, talvez um pouco menos. Mas é para a gente trocar todas as 5300 cadeiras do setor", disse o VP de patrimônio.

Estádio antigo, a Ilha do Retiro apresentou graves problemas ao longo dos últimos anos no quesito conforto, sobretudo em 'jogos grandes', com o público maior. Diante deste cenário, a acessibilidade também é uma das prioridades nesta reforma necessária que o clube vai fazer no estádio. O trabalho para melhorar neste aspecto, inclusive, vem sendo feito em parceria com Roberta Negrini, que é vice-presidente de inclusão do Rubro-Negro. 

"A gente também está começando um trabalho com a VP de inclusão, que é Roberta Negrini, para resolver toda a questão de acessibilidade, melhorando tudo o que for possível. Estamos resolvendo a questão de câmera de segurança, a questão dos ingressos, das catracas, de compra de ingressos… tudo isso está sendo pensado para que o o torcedor, apesar de estar num estádio antigo, tenha conforto. Ideias são muitas, projetos também, mas é importante ter os pés no chão porque tudo isso custa, então vamos por etapas", explicou Fortunato. 

"Então é organizar os banheiros, as cadeiras, as portas de entradas, fazer uma acessibilidade boa, com boa câmera de segurança, toda parte de evacuação de bombeiros, tudo organizado. Com os bares fornecendo suas bebidas e comidas de forma organizada, num nível bom que as pessoas sintam conforto e segurança. Será uma grande vitória se a gente conseguir isso em curto prazo. Com isso, a gente vai ter condições de fazer o plus para melhorar o conforto", completou o VP de patrimônio. 

Além da segurança e conforto, que são as principais prioridades, o Sport também vai fazer uma pintura na Ilha do Retiro. E não apenas nas arquibancadas, mas sim no clube inteiro, começando pela parte externa e aí depois na interna. O acordo com o patrocinador, inclusive, já está firmado: será a Tintas Iquine, num contrato que já havia sido feito na gestão ainda na gestão anterior. 

"A gente vai fazer. Inclusive já assinamos o contrato, que foi feito ainda com a diretoria anterior. Vai ser para o clube todo. A gente vai começar com a pintura externa no clube e depois vai para o estádio. Estávamos aguardando a diminuição das chuvas, mas já temos o acordo com o patrocinador, que é a Iquine", pontuou Fortunato. 

Todas essas obras, apesar de serem tratadas como prioridades, ainda não têm data para início, nem tampouco para entrega. O Sport recebeu o orçamento na última dia 3 de setembro e agora o clube está organizando o plano de obras. Além das reformas, outro ponto importante para que a Ilha tenha condições de receber uma partida é ter tudo ok com a Polícia, Corpo de Bombeiros e também a Legislação Sanitária. 

"A prioridade é deixar o estádio pronto, com segurança e o mínimo de conforto. Essa segurança passa pela avaliação estrutural, analisar junto com a polícia, legislação sanitária e bombeiros, e o conforto da reforma das cadeiras e banheiros. Preciso de tudo isso para receber as pessoas, mas prazo ainda não tenho. Recebemos um orçamento no dia 3 de setembro e agora estamos organizando o plano de obra", finalizou o VP de patrimônio do Sport.

 O último jogo do Sport com torcida na Ilha do Retiro foi no dia 7 de março de 2020, num clássico ante o Santa Cruz, onde o Rubro-Negro venceu por 1x0. Na ocasião, no duelo válido pela Copa do Nordeste, o público foi de 15 mil torcedores. Até o momento, o Governo de Pernambuco ainda não liberou a volta da torcida aos estádios. 

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