Ex-gerente de futebol do Santa Cruz, Givanildo Oliveira havia revelado, durante entrevista à Rádio Jornal, que não só o clube Tricolor como o Náutico também devia dinheiro ao ex-técnico. Também em entrevista à Rádio Jornal, o presidente do Timbu, Edno Melo, falou das dificuldades que o Alvirrubro passa para quitar os acordos com os profissionais que passaram no clube, inclusive com o próprio Givanildo.
"É muito difícil. O passivo do clube beira os R$ 40 milhões e todos os acordos que a gente vem fazendo, teve Kleina, Chamusca, Márcio Goiano... Não vai ter ação trabalhista dessas pessoas, mas existe o compromisso do clube. O compromisso de reduzir o passivo, que é um dos pilares da gestão. Essa gestão diminuiu em 86% o número de ações", ressaltou o dirigente.
> "O Náutico está credenciado para vaga no G4", diz Edno Melo
Givanildo Oliveira trabalhou no Náutico pela última vez em 2016, ano em que o Timbu terminou na 5ª colocação da Série B do Campeonato Brasileiro e, por muito pouco, não conquistou o acesso para a Primeirona. Na época, Marcos Freitas e Ivan Brondi eram o presidente e vice do Náutico.
View this post on Instagram
Eleito em 2017 como candidato de chapa única, Edno Melo assumiu a missão de reerguer o Timbu no cenário do futebol brasileiro. O presidente acabou herdando diversas dívidas e dificuldades num clube que se encaminhava para o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro.
"O Náutico não está apenas cuidando do futebol, está cuidando do projeto completo, que seja estabelecido para que novas gestões coloque na cabeça essa austeridade que a torcia bate tanto. Mas foi com ela que a gente conquistou três títulos, diminuiu causas trabalhistas, estruturando a parte jurídica do clube, trazendo VP (vice-presidente), advogados", disse o presidente do Timbu.
>> Veja a classificação atualizada da Série B e a posição do Náutico na tabela
>> Entrosamento é foco do Náutico em semana de preparação para jogo contra a Ponte Preta
"A gente tem todo cuidado, respeito com o profissional para que a gente consiga cumprir do início ao fim do contrato. Importante que fique como cultura do clube. Não adianta falar em reduçao de passivo se uma outra gestão não mantiver e que futuras gestões cumpram o que a gente ta cumprindo", completou.
No final de setembro, o jurídico do Náutico conseguiu reverter a causa trabalhista que envolvia o lateral-esquerdo Kevyn, que acabou saindo do Timbu após não comparecer na reapresentação do elenco para a temporada de 2021, alegando atrasos salariais. Por "abandono do emprego", o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) intimou Kevyn a pagar uma indenização para o Náutico.