O atacante Robinho voltará a ser julgado na Itália por uma acusação de estupro. A terceira e última instância da Justiça italiana realizará uma audiência no próximo dia 19 de janeiro, a partir das 10h. A sentença deve sair no mesmo dia e, como se trata da última instância, não será possível recorrer.
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O recurso apresentado pela defesa do jogador será o centro deste julgamento, numa tentativa de mudar a condenação a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo. Além de Robinho, Ricardo Falco, amigo do atacante, também foi condenado.
Em caso de se confirmar a condenação, a justiça da Itália pode pedir a extradição do jogador. Entretanto, é vetado na Constituição Federal brasileira a extradição de brasileiros natos. Também existe a possibilidade de pedido para que o atleta cumpra pena de prisão no Brasil.
O caso
Robinho e mais cinco amigos teriam estuprado uma jovem albanesa em um camarim de uma boate italiana, onde ela comemorava seu aniversário, segundo as investigações. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o jogador atuava pelo Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e por isso a participação deles no ato é alvo de outro processo.
Os advogados de Robinho afirmam que ele não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve "equívoco de interpretação" sobre conversas interceptadas com autorização judicial, uma vez que alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o italiano.
Por conta da repercussão negativa deste caso e a pressão de patrocinadores e da opinião pública, o Santos suspendeu a contratação de Robinho em outubro.