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Iniciativa turística com hipopótamos pode ajudar na preservação da espécie na África; entenda

O objetivo é que sejam criados "zonas de observação de hipopótamos", na área da Kamanyola, África central.

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AFP

Publicado em 04/02/2022 às 10:51 | Atualizado em 04/02/2022 às 11:16
Os animais representam também uma oportunidade para o turismo local e crescimento da economia, explicam os especialistas. - Pixabay

À beira do belo rio Ruzizi, que separa a República Democrática do Congo do Burundi, as pessoas reclamam que os hipopótamos arrasam tudo por onde passam e ameaçam as pessoas. Isso faz com que a convivência com os bichos seja conflituosa - para desespero dos ambientalistas.

Os animais representam também uma oportunidade para o turismo local e crescimento da economia, explicam os especialistas.

"As pessoas deveriam ser orientadas, e não considerar os hipopótamos como inimigos. E entender que eles constituem uma oportunidade para o turismo e para a criação de empregos", afirmou Josué Aruna, representante provincial dos ambientalistas.

Em conjunto com o governo provincial, Aruna organizou uma visita turística e de sensibilização, na última quarta-feira (2). O objetivo é que sejam criados "zonas de observação de hipopótamos", na área da  Kamanyola. 

Relação conflituosa

"Recentemente, em dezembro, os hipopótamos devastaram três hectares de plantações de uma vizinha", lamentou Jeannette Chandazi, moradora de Kamanyola, no leste do país, perto do rio onde ativistas ambientais fizeram uma visita de mediação nesta semana.

David Wiragi, representante dos ambientalistas em Kamanyola, disse que, "de 2019 até hoje, sete pessoas morreram e seis ficaram feridas" por esses mamíferos, nesta localidade e no povoado vizinho de Katogota.

Para ele, o problema é que "as pessoas invadiram a margem do rio", ocupando áreas que os animais usavam para buscar comida.

Em tese, a ocupação do solo é proibida em uma faixa de 100 metros ao longo do rio, o que não é respeitado. "Eles atacam as pessoas, e as pessoas perseguem os animais", explicou à AFP.

 

 

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