A Itália e França deram um novo passo nesta sexta-feira (11) para a normalidade, após as restrições pela pandemia de covid-19, ao eliminarem o uso da máscara ao ar livre e autorizando a reabertura das casas de festas, enquanto Alemanha se aproxima do pico de casos.
"Me parece bom, contando com que seja bom para o turismo e que tenhamos cuidado", afirma em Roma o turista espanhol José Ignacio Santiago à AFPTV.
"É preciso cuidar da aproximação, do contato, ainda pode ser um pouco precipitado. Eu recomendo que, apesar de não usá-la, levá-la no bolso, caso estejamos perto de outras pessoas", disse.
A medida, assinada pelo ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, estabelece o fim da obrigatoriedade das máscaras ao ar livre.
O uso da máscara em lugares fechados na Itália continua obrigatório até 31 de março.
Já os cidadãos da França não serão mais obrigados a usar máscara a partir de 28 de fevereiro em bares e restaurantes, assim como em outros espaços fechados que exigem passaporte sanitário, anunciaram as autoridades nesta sexta-feira.
"O passaporte de vacinação nos permite, em um contexto no qual a pressão epidêmica se reduz com força (...), levantar a obrigação de usar máscara em estabelecimentos que recebem público", disse à AFP o ministro da Saúde, Olivier Véran.
A máscara, cujo uso em ambientes externos deixou de ser obrigatório em 2 de fevereiro, também não será em outros lugares fechados onde se exige o passaporte de vacinação, como cinemas, bares ou feiras. Mas continuará obrigatória nos transportes.
Desse modo, a França continua sua desescalada das restrições sanitárias. A partir de 16 de fevereiro, está prevista a reabertura das casas de festas, fechadas desde 10 de dezembro.
Segundo dados das autoridades sanitárias, a propagação da covid-19 na França desacelerou na primeira semana de fevereiro, com uma taxa de incidência 29% menor, e a situação nos hospitais também está melhorando.
A Alemanha, por sua vez, se aproxima do pico de casos de covid-19, que atualmente alcança níveis recorde, afirmou nesta sexta-feira o chanceler Olaf Scholz, que enfrenta uma crescente pressão para suavizar algumas restrições.
"As previsões científicas nos mostram que o pico da onda está à vista", afirmou o líder social-democrata durante um discurso no Bundesrat, câmara alta do Parlamento alemão que representa as diferentes regiões.
"Isso nos permite considerar uma primeira etapa de reabertura na reunião com os Länder [estado federado] na próxima semana e depois outras para a primavera", acrescentou.
Na próxima quarta-feira haverá novas discussões entre o chanceler e os representantes das regiões para decidir se manterão ou não as medidas restritivas de combate à pandemia.