Cerca de 927 russos voaram para seu país no domingo (6) a partir do balneário de Varadero, no oeste de Cuba, onde alguns tiveram que suspender suas férias para retornar às pressas, devido ao bloqueio internacional de aviões russos como sanção à guerra que acontece na Ucrânia.
Na sexta-feira, a mídia oficial cubana informou que os 5.570 russos que estavam na ilha de férias retornariam em voos charter, que contam com um modelo de operação não regular, ou seja, que não segue os horários pré-determinados e os cronogramas comuns das companhias aéreas.
Isso significa que os voos foram fretados, após companhias aéreas suspenderem a venda de passagens de voos regulares para Cuba. Na semana passada, os 27 países da União Europeia fecharam seus espaços aéreos para empresas e aeronaves russas como sanção à invasão da Ucrânia pelas forças de Moscou.
Situação dos turistas
"Chegamos em 25 de fevereiro. Tivemos que abrir mão de cinco dias de férias e ninguém devolverá nosso dinheiro", disse à AFP Alexei Nekrashevich, um turista de 48 anos que viajou para Cuba com sua esposa.
Com o rosto bronzeado, Nekrashevich, que visitou quatro vezes as paradisíacas praias cubanas, acrescentou que sua viagem terminou abruptamente "por causa da situação lá (na Ucrânia). Isso tem a ver com as sanções e tudo isso" que impuseram à Rússia pela invasão do país vizinho.
"Infelizmente tivemos que voar um pouco mais cedo e não descansamos o suficiente". A atmosfera em que os russos chegaram de ônibus à estação aérea está longe do relaxamento característico do fim das férias. Na sala de controle de bagagens, as expressões sérias e o silêncio prevaleceram.