O plano de São Paulo de vacinação da CoronaVac será anunciado nesta segunda-feira (7) pelo governo do Estado. A expectativa é que a vacina, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, possa começar a ser aplicada a partir do próximo mês, janeiro de 2021. As informações são do poral G1.
A vacina ainda está na terceira fase de testes, na qual sua eficácia na imunização contra o novo coronavírus precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O envase da matéria-prima recebida na semana passada começa a ser feito nesta segunda.
O governo de São Paulo já havia afirmado, na semana passada, que o relatório final dos testes deve ser enviado ao órgão ainda em dezembro. As autoridades disseram ainda que não deve ser necessário solicitar o uso emergencial da vacina.
Na última quinta (3), durante uma coletiva de imprensa, o governador João Doria (PSDB) criticou o anúncio feito pelo governo federal de que o calendário de vacinação nacional deve começar em março de 2021. Segundo o tucano, a vacinação em São Paulo será realizada mesmo sem investimento do governo federal, isso porque a CoronaVac ainda não foi incluída no plano do Ministério da Saúde.
"Na segunda-feira (7) vamos apresentar o programa estadual de imunização completo, com cronograma, com setores que são priorizados, volume de vacinas, logística. Todos os processos serão apresentados", garantiu o mandatário
Ainda durante a coletiva, o coordenador do Centro de Contingência para Covid-19, José Medina, disse que o plano deve começar pelos profissionais de saúde e pessoas acima dos 50 anos. A campanha tende a ser similar a da gripe, que é realizada anualmente em todo o país. "Quem tem entre 50, 60 anos, a letalidade é de 3%. E ela é gradativamente subindo quem tem mais de 80 anos, até 80, 89 é de 32% e mais de 90 anos, é de 39%. E esse é o principal critério para a utilização da vacinação. Talvez o principal critério a ser utilizado é a vacinação das pessoas acima de 50 anos. São as pessoas quem têm mais risco, são as pessoas que saturam o sistema de saúde", afirmou o coordenador.