A vacinação contra a covid-19 começou em janeiro deste ano no Brasil e, até o momento, apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o imunizante para os grupos prioritários de forma gratuita. No entanto, a rede privada já se mobiliza para importar a vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, que ainda não solicitou o uso emergencial para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As informações são da CNN Brasil.
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Segundo a CNN, uma distribuidora de medicamentos de São Paulo está garantindo prioridade de vacinação para quem se interessar. A empresa não exige pagamento adiantado, mas estaria deixando claro que o valor estimado para duas doses do imunizante é de R$ 1.450 e que a previsão de disponibilidade é dia 30 de abril.
Até o momento, as clínicas particulares fizeram uma lista de espera para saber da intenção de imunização da população. O nome nessas listas é colocado de forma gratuita.
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Procurado pela reportagem da CNN, o distribuidor afirmou ainda que a clínica aceita interessados que tenham a partir de 12 anos, mas não garante se a vacina Covaxin será recomendada para essa faixa etária.
A informação, que está circulando nas redes sociais e gerando dezenas de interessados, foi contestada pela Precisa Medicamentos, a empresa responsável pela importação das doses da Covaxin. De acordo com a farmacêutica, o laboratório segue rigorosamente todas as determinações da Anvisa e, enquanto não houver aprovação, não é possível determinar valores, prazos, a distribuição para clínicas particulares e nem lista de espera.
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Anvisa e Biotech discutem autorização para testes da Covaxin no Brasil
A Anvisa se reuniu nesta segunda-feira (8) com representantes do laboratório indiano Bharat Biotech para definir pendências sobre o pedido de anuência de estudo clínico Fase 3 da vacina Covaxin no Brasil. O pedido ainda não foi feito e, durante o encontro, foi definido que ele só será formalizado pela empresa quando estiver com todos os dados necessários para a análise do pedido de estudo clínico.
A Bharat Biotech reforçou o desejo de realizar a Fase 3 dos estudos da Covaxin no Brasil. A reunião serviu para o laboratório e a Anvisa trocarem informações sobre a documentação necessária para formalizar o pedido de estudo clínico no país. A agência fez o mesmo procedimento com os laboratórios responsáveis pelas duas vacinas já aprovadas no país, a Coronavac e a vacina de Oxford.
As pesquisas clínicas envolvem testes em seres humanos. Os testes no Brasil, assim que aprovados, deverão ser feitos em parceria com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Serão em torno de 3 mil voluntários testados em cinco centros de referência. A autorização da Anvisa é obrigatória para pesquisas de medicamentos e vacinas realizadas no Brasil e que tenham como foco o futuro registro no país.
“Durante a reunião da segunda-feira, os especialistas da Agência apontaram quais documentos e informações precisam ser enviados e os ajustes necessários aos documentos já apresentados, com base na legislação sanitária brasileira”, disse a Anvisa em nota. Segundo o comunicado, a realização de estudos clínicos no país permite que a própria agência, assim como os pesquisadores brasileiros, acompanhem o desenvolvimento clínico.